A rede de varejo Magazine Luiza anunciou nesta quarta-feira (5) a aquisição da startup de e-commerce Integra, de Itajubá, Minas Gerais, especializada no relacionamento entre lojistas e plataformas digitais abertas (marketplaces).
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa, que não revelou valores referentes ao negócio, informou que a incorporação da Integra vai permitir que lojistas interessados em participar do marketplace do Magazine Luiza não precisem recorrer à intermediação de plataformas de terceiros.
“Com a Integra, cortamos caminho no desenvolvimento da melhor e mais barata plataforma do mercado”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. “Com nosso marketplace, queremos ampliar exponencialmente a oferta de produtos a nossos milhões de clientes e dar condições para que nossos parceiros – os sellers – cresçam de forma sustentável”, completou.
A Integra Commerce é utilizada hoje por mais de 200 lojistas, incluindo MadeiraMadeira, Época Cosméticos, Casa América, Whirlpool e DBestShop. Além de reduzir os custos gerais da plataforma, os parceiros têm à disposição funcionalidades como gestão de preço, estoques e frete e tracking de produtos. A startup também é referência no fornecimento de software como serviço, garantindo que os parceiros integrem seus serviços aos marketplaces e administrem e otimizem seu dia a dia.
Além da compra da Integra, a varejista afirmou que o LuizaLabs, laboratório de inovação do Magazine Luiza e responsável por toda a tecnologia utilizada nas plataformas da empresa, ganha um novo braço: o Labs Itajubá. Os 24 funcionários que participavam da equipe da Integra passam a fazer parte do grupo que pensa o futuro da companhia, concentrando-se no desenvolvimento para o marketplace. O CEO da Integra, Carlos Eduardo Alves, assume o cargo de diretor de marketplace do Magazine Luiza. Com isso, o LuizaLabs passa a ser dividido em três unidades: São Paulo; Franca, no interior paulista; e Itajubá, no sul de Minas Gerais.
O marketplace do Magazine Luiza foi criado em 2016. Em poucos meses, 220 mil itens, de fraldas a pneus, de produtos pet a cosméticos, foram integrados à plataforma. O desenvolvimento do marketplace é um ponto central na estratégia da companhia: ser uma empresa digital, com pontos físicos e calor humano. Só no ano passado, a empresa faturou R$ 11,5 bilhões. Os canais digitais, que incluem o site, app de vendas e marketplace, responderam por 26% das vendas totais. No último trimestre, a operação de e-commerce da companhia cresceu 41% em relação ao mesmo período de 2015.
Fontes: CIO, Valor Econômico