NERDCAST SOBRE A FOTO DO BURACO NEGRO:
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A M87, se tornou a nossa galáxia mais querida do universo.
Não é a toa, no dia 10 de abril, vimos o invisível, observamos o buraco negro de 6.5 bilhões de vezes da massa Sol no seu interior, uma imagem inédita e histórica.
A imagem, como todos devem saber, foi feita usando as ondas de rádio captadas pelas antenas que fazem parte do EHT, o Telescópio do Horizonte de Eventos.
Mas a M87 é uma galáxia muito bem conhecida dos astrônomos, ela já é estuda a mais de 100 anos.
Em 1918, o astrônomo Heber Curtis observou a M87, que está localizada a 55 milhões de anos-luz de distância da Terra, e nela notou algo muito estranho, algo como um raio que saia do centro da galáxia.
Hoje sabemos que esse raio é um jato relativístico que tem origem no disco de acreção que circunda o buraco negro e que pode ser visível em múltiplos comprimentos de onda.
Os astrônomos já estudaram a M87 com o Hubble, com o Chandra, com o NuSTAR e agora recentemente resolveram observar a galáxia com o Spitzer que obwerva o universo no infravermelho.
Com isso, os astrônomos puderam observar algo bem interessante.
Além de observar a parte do jato relativístico já conhecida, que está apontada para nós, o Spitzer foi capaz de ver a outra parte do jato.
Só para vocês saberem esses jatos saem dos polos do buraco negro, ou seja, eles possuem duas metades, porém a metade que está apontada para longe de nós não pode ser obwservada em qualquer comprimento de onda ou frequência.
Mas o Spitzer nos mostrou que essa parte que está apontada para longe de nós não é possível de ser observada facilmente, pois o jato está se movendo a uma velocidade muito maior, então os efeitos são invisíveis nos comprimentos de onda, porém no infravermelho é possível ver a onda de choque que ele cria no meio interestelar, ou seja, na poeira e no gás que existe entre as estrelas.
Os astrônomos têm muito para aprender sobre esses jatos relativísticos, como eles são originados e suas propriedades.
Para isso eles pretendem integrar as observações feitas na luz visível, no infravermelho, nas ondas de rádio, em raios-gama e em raios-X para poder entender de forma completa sobre a física desses poderosos jatos relativísticos.
Além disso, dados de polarização adquiridos pelo EHT ajudarão os astrônomos a estudarem o campo magnético do buraco negro da M87, campo magnético esse que pode estar ligado a origem do jato relativístico.
Aos poucos vamos desvendando todos os mistérios dos objetos mais intrigante do universo, os buracos negros.
#M87 #FotoBuracoNegro
fonte:
Artigo original:
spacetoday.com.br