O caçador de planetas da NASA, a sonda Kepler, começou a sua décima oitava campanha de observação de sua missão estendida, K2, no dia 12 de Maio de 2018. Pelos próximos 82 dias, a sonda Kepler, irá observar aglomerados de estrelas, galáxias distantes e alguns objetos do próprio Sistema Solar, incluindo cometas, objetos além de Netuno e um asteroide. A sonda Kepler deve ter seu combustível exaurido em poucos meses.
A campanha 18 irá investigar uma parte familiar do espaço, já que é aproximadamente a mesa região do céu que ela observou durante a campanha 5 em 2015. Uma das vantagens de se observar novamente essa parte do céu é que os exoplanetas podem ser encontrados orbitando estrelas mais distantes. Os astrônomos esperam não só descobrir novos exoplanetas durante essa campanha, mas também confirmar candidatos previamente identificados.
Os aglomerados abertos são regiões onde as estrelas se formam ao mesmo tempo. Incluindo o Messier 67 e o Messier 44, conhecidos como aglomerados Praesepe e Beehive. Lar de seis exoplanetas já conhecidos, o aglomerado Praesepe será investigado novamente na busca por novos objetos transitando ou cruzando a face de outras estrelas.
Com aproximadamente 800 milhões de anos de vida, as estrelas no aglomerado Praesepe estão em sua idade adolescente, se comparada com o nosso Sol. Muitas dessas estrelas jovens são ativas e possuem grandes manchas que podem revelar informações sobre o campo magnético da estrela, um componente fundamental de uma estrela que gera flares e outras atividades que podem influenciar de forma decisiva a habitabilidade em exoplanetas. Comparando os dados de brilho coletados nas campanhas 18 e 5, os cientistas poderão aprender sobre como o ciclo de manchas nas estrelas muda com o tempo.
Com alguns bilhões de anos de idade, as estrelas do Messier 67, são mais velhas e muitas são parecidas com o Sol. Esse é um dos aglomerados abertos mais bem estudados do céu. Os astrônomos continuarão seus estudos de astrofísica estelar analisando como as estrelas mudam seu brilho no Messier 67. Eles buscarão por assinaturas de exoplanetas, observando a pulsação das estrelas, e medindo a taxa de rotação de muitas outras estrelas no aglomerado.
Além desses aglomerados, o Kepler irá observar os blazars, o núcleo energético de galáxias distantes, com buracos negros supermassivos em seus centros. Esses objetos geram jatos de plasma quente em direção à Terra. O mais notável desses alvos é o OJ 287, um sistema que abriga dois buracos negros um orbitando o outro, sendo que um deles tem uma massa equivalente a 18 bilhões de vezes a massa do Sol.
Já mais perto de casa, o Kepler irá observar objetos do Sistema Solar, incluindo cometas, objetos transnetunianos, e o asteroide próximo da Terra conhecido como 99942 Apophis. Esse pedaço de rocha espacial de 1000 pés passará a uma distância de 20 mil milhas da Terra em 2029, perto mas sem risco nenhum para os habitantes da Terra.
O Ames Research Center da NASA no Vale do Silício na Califórnia, gerencia as missões Kepler e K2 para o Science Mission Directorate da NASA . O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia, gerencia a missão Kepler, que foi desenvolvida pela empresa Ball Aerospace & Technologies Corporation que opera o sistema de voo com o suporte do Laboratory for Atmospheric and Space Physics na Universidade do Colorado em Boulder.
Fonte:
https://astronomynow.com/2018/05/27/with-fuel-running-low-kepler-begins-18th-observing-campaign/
Artigo original:
spacetoday.com.br