“Quando você tem um equilíbrio entre homens e mulheres, todos os tipos de coisas entram na discussão,” disse a presidente da Lucasfilm por trás das lideranças femininas em Star Wars: O Despertar da Força e Rogue One, Kathleen Kennedy.
Como a franquia mais bem-sucedida de Hollywood também se tornou a campeã do empoderamento feminino? Pelo segundo ano consecutivo, a Lucasfilm lançou um filme de Star Wars com uma protagonista mulher – a ladra reformada de Felicity Jones, Jyn Erso, em Rogue One, em seguida de Rey (Daisy Ridley) em O Despertar da Força, de 2015.
Considere isso um produto de uma companhia cuja equipe executiva, liderada por Kathleen Kennedy como presidente, é mais de 50% feminina. “Quando você tem um equilíbrio entre homens e mulheres, todos os tipos de coisas entram na discussão,” ela diz, chamando a “dobradinha” Rey-Jyn de uma coincidência que o estúdio abraçou. “Porque mulheres estão sempre nas reuniões das histórias, [ninguém precisa] ir. ‘Hey, o que uma mulher acha?’ ” Diz a executiva criativa Rayne Roberts. “A razão pela qual Rey é forte e tecnicamente capaz e apaixonada e impulsiva é que as mulheres que estavam naquela sala, inclusive Kathy, refletem essas qualidades.” Jones acrescenta: “Kathy deu às mulheres o tipo de papéis que elas sempre sonharam.”
Da esquerda para a direita, na frente: Kathleen Kennedy, Jacqui Lopez and Athena Portillo. Da esquerda para a direita, atrás: Rhonda Hjort, Janet Lewin, Lori Aultman, Rayne Roberts, Kayleen Walters, Vicki Dobbs Beck e Pippa Anderson fotografadas por Christopher Patey em 19 de Novembro no Skywalker Ranch in Nicasio, Calif.
Kennedy credita o fundador da Lucasfilm, George Lucas, pelo estabelecimento de uma cultura inclusiva, que os “tenentes” dizem ter sido amplificada quando ela assumiu o comando em 2012. Entre seus movimentos: contratar a sênior vice-presidente de desenvolvimento Kiri Hart para supervisionar a história em todo o universo Star Wars e promover Lynwen Brennan para executiva vice-presidente e gerente geral.
A diversidade do time é essencial para a execução da companhia diversificada que, além de desenvolver ao mesmo tempo pelo menos quatro outros filmes de Star Wars, também produz a série animada Star Wars Rebels, da Disney XD, cria jogos e licenças de outras mercadorias e opera em tempo integral efeitos visuais e estúdios de sound design. “Nossa empresa é global e com matrizes – são tantos projetos que estamos constantemente fazendo malabarismo – é devido à força das líderes mulheres, que são realmente ótimas multitarefas.”diz a vice-presidente de produção Janet Lewin.
Não é raro que os funcionários da Lucasfilm estejam sempre por perto da empresa, o que muitos consideram uma homenagem à cultura da empresa de orientar e reconhecer do equilíbrio entre trabalho e vida. “Há um estereótipo de que quando você tem muitas mulheres em uma sala, será malicioso,” diz a vice-presidente do marketing da franquia, Kayleen Walters. “Não tem nada desse tipo aqui. Eu ligo para a Rhonda [Hjort, vice-conselheira] ou Lori [Aultman, vice-presidente de finanças] para me aconselharem. Quanto mais nos apoiarmos, melhor todas nos sairemos.” Acrescenta Jacqui Lopez, vice-presidente da produção de animação: “É muito difícil equilibrar uma carreira com crianças, mas se tenho uma reunião de pais e mestres ou uma peça na escola, eu não preciso arranjar uma desculpa. Isso é muito importante para todos nós.”
Uma área notável que precisa de melhoria: Nenhuma mulher dirigiu um filme de Star Wars. “Nós queremos ter certeza de que quando nós trouxermos uma mulher para dirigir Star Wars, eles [a diretora e o filme] estejam preparadas para o sucesso”, disse Kennedy recentemente. “E aumentar o equilíbrio entre homens e mulheres nos departamentos técnicos dominados pelos homens é uma prioridade da empresa. ”
“Nós estamos procurando trazer mulheres” para a área da Industrial Light & Magic VFX, diz Vicki Dobbs Beck, a executiva no comando da divisão de entretenimento imersivo ILMxLab, enquanto Brennan acrescenta que a Lucasfim lançou programas de estágios e programas de extensão acadêmica para encorajar garotas a seguir carreiras técnicas em entretenimento.
Fonte: The Hollywood Reporter