Kathleen Kennedy pode estar de saída da Lucasfilm, afirma site

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Tudo indica que estamos chegando no fim de uma era na Lucasfilm, especialmente em Star Wars, o carro chefe da empresa. Kathleen Kennedy, a produtora que hoje é a chefona da empresa, parece que de saída no final de 2025.

Após 13 anos à frente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy parece que deixará o cargo de presidente até o final de 2025. A informação, veiculada pelo confiável site puck.news, foi confirmada por três fontes do site próximas à executiva, que já teria até informado sua decisão à Disney, amigos e associados. A Disney e a assessoria pessoal da Kathleen Kennedy se recusaram a comentar o assunto até o momento.

A saída da Kathleen Kennedy, que completará 72 anos em junho, não chega como uma surpresa. A produtora, escolhida pessoalmente por George Lucas para comandar a Lucasfilm após a venda para a Disney, já planejava se afastar no ano passado, mas decidiu permanecer por mais um ano.

Caso se confirme, sua saída em 2025 permitirá que um sucessor assuma o comando para o lançamento do próximo filme de Star Wars, The Mandalorian and Grogu, previsto para 2026 — o primeiro longa da franquia desde A Ascensão Skywalker (2019). Até lá, a Kathleen Kennedy vai supervisionar a segunda temporada de Andor, e outros projetos um pouco menores no Disney+, como a animação Visions.

É preciso pensar sobre como isso vai afetar de verdade a Lucasfilm e, principalmente, a franquia Star Wars, que é o que mais nos chama a atenção. A Kathleen Kennedy assumiu a presidência da Lucasfilm em 2012, logo após a aquisição da empresa pela Disney. Com um currículo impressionante como produtora, incluindo parcerias com Steven Spielberg em clássicos como E.T. e Jurassic Park, ela foi incumbida de revitalizar Star Wars, uma franquia que estava adormecida desde 2005, quando George Lucas lançou Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith. E como já mencionado, ela teve a aprovação do próprio George Lucas para ser a pessoa certa para estar no mais alto cargo da Lucasfilm. Sua gestão foi marcada por uma ambição notável, uma expansão multimídia sem precedentes e desafios significativos que dividiram a base de fãs e redefiniram o futuro da franquia.

Um dos marcos de sua gestão foi a produção da trilogia sequel (2015-2019). O Despertar da Força (2015) foi um sucesso comercial, arrecadando US$ 2,1 bilhões, mas recebeu críticas por repetir estruturas narrativas de Uma Nova Esperança. Os Últimos Jedi (2017), dirigido por Rian Johnson, trouxe inovações temáticas, como a ideia do fracasso como lição e o questionamento da mitologia Jedi, mas também gerou uma divisão extrema entre os fãs, especialmente pelo tratamento dado ao personagem icônico Luke Skywalker. Já A Ascensão Skywalker (2019) foi amplamente criticado por parecer apressado e inconsistente, tentando agradar a todos após as reações polarizadas ao filme anterior. A falta de um planejamento unificado para a trilogia sequel resultou em uma narrativa desconexa, o que frustrou muitos fãs e levantou questões sobre a direção criativa da franquia.

Além da trilogia sequel, a Kathleen Kennedy também supervisionou filmes spin-offs, como Rogue One (2016) e Han Solo (2018). Rogue One foi aclamado por seu tom sombrio e por se conectar organicamente à trilogia original, mas Han Solo foi um fracasso comercial, arrecadando apenas US$ 393 milhões. Problemas de produção, incluindo a mudança de diretores durante as filmagens, a falta de entusiasmo dos fãs por uma história focada em um “jovem Han Solo” e a saturação do mercado foram apontados como razões para o desempenho decepcionante. Como resultado, a Lucasfilm decidiu pausar temporariamente os filmes spin-offs, refletindo os desafios de equilibrar inovação e nostalgia.

A expansão para o Disney+ foi outro capítulo importante da era da Kathleen Kennedy. The Mandalorian (2019–) foi um sucesso crítico e comercial, revitalizando a franquia com narrativas e personagens inéditos, como a introdução de Grogu (popularmente conhecido como “Baby Yoda”), e o uso pioneiro da tecnologia StageCraft, que é telão de altíssima definição que substitui os famosos fundos verdes, os chroma keys. No entanto, séries como Obi-Wan Kenobi (2022) e Ahsoka (2023) geraram debates entre os fãs. Embora tenham oferecido momentos nostálgicos e aprofundado personagens queridos, também foram criticadas por ritmos irregulares e uma dependência excessiva de fan service.

A Kathleen Kennedy também priorizou a diversidade e a representatividade em seus projetos, introduzindo protagonistas femininas como Rey e Jyn Erso, e personagens diversos como Finn e Cassian Andor. Apesar de ser um passo progressista, parte da base de fãs reagiu com hostilidade, exemplificado pelo assédio sofrido pela atriz Kelly Marie Tran, que interpretou Rose Tico. Essa polarização reflete um dos maiores desafios da Kathleen Kennedy: equilibrar a modernização da franquia com as expectativas de uma base de fãs tradicionalista.

A gestão da Kathleen Kennedy polarizou a base de fãs de Star Wars. De um lado, há aqueles que valorizam a modernização e a inclusão trazidas por seus projetos; de outro, críticos que acusam a Lucasfilm de priorizar agendas sobre coerência narrativa. A falta de uma visão unificada para a trilogia sequel alimentou debates tóxicos e expôs a dificuldade de atender a expectativas contraditórias: nostalgia versus inovação. Apesar disso, a Kathleen Kennedy manteve colaborações com diretores visionários, como Taika Waititi e Dave Filoni, e resgatou inúmeros elementos dos materiais hoje conhecidos como Legends.

Com a saída da Kathleen Kennedy em 2025, a Lucasfilm enfrentará novos desafios e oportunidades. O sucessor ou sucessora precisará lidar com a necessidade de um planejamento de longo prazo, algo que a Marvel Studios, sob a liderança de Kevin Feige, tem feito, de maneira geral, com sucesso. Equilibrar autonomia criativa com um arco narrativo integrado eu acho que será crucial, especialmente para futuras produções. Além disso, é preciso entender se a franquia precisa investir em explorar eras menos vinculadas aos Skywalkers, como a Alta República, o Alvorecer dos Jedi, a Velha República e até no futuro após a era dos Skywalkers, que estamos carinhosamente chamando da era da Nova Ordem Jedi.

A gestão de expectativas será outro desafio central. Projetos como Andor (2022-2025), elogiado por sua maturidade temática e narrativa complexa, sugerem que histórias adultas e bem elaboradas podem reconquistar públicos céticos. Ao mesmo tempo, a Disney+ oferece oportunidades para explorar novos cantos da galáxia e públicos mais jovens, que atrairiam novos fãs, principalmente os mais jovens, tratando isso como um plano de longo prazo.

No entanto, também existem riscos. A saturação do mercado é uma preocupação real, assim como no mundo dos filmes e séries de super-heróis. A franquia precisa encontrar um equilíbrio entre honrar seu legado e abraçar a inovação, algo que nem sempre foi alcançado durante a era da Kathleen Kennedy.

O legado de Kathleen Kennedy na Lucasfilm é, sem dúvida, misto, mas transformador. Ela expandiu Star Wars além do cinema, garantindo sua relevância na era do streaming e introduzindo novos personagens e narrativas que continuarão a influenciar a franquia. No entanto, sua gestão também foi marcada por controvérsias e divisões, especialmente em relação à trilogia sequel. Sua saída em 2025 encerra um capítulo definido por ambição e desafios, deixando a Lucasfilm em um momento de reflexão sobre erros e acertos.

O futuro de Star Wars dependerá da capacidade de seu sucessor em unir planejamento estratégico, respeitando o legado e tendo coragem para explorar novos horizontes. A franquia continua a ser uma das mais icônicas da cultura pop, mas seu próximo capítulo exigirá uma liderança que possa reconciliar a base de fãs e redefinir o que Star Wars significa para as novas gerações!

Agora, olhando para o futuro, a atenção se volta para quem assumirá o cargo. Entre os possíveis candidatos estão Dave Filoni, atual figura-chave da Lucasfilm, e Jon Favreau, criador de The Mandalorian, embora este último não tenha demonstrado interesse na posição. A escolha do sucessor promete gerar especulações em Hollywood nos próximos meses.

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