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Desde o ano de 2011, a sonda Juno está navegando pelo espaço.
No dia 4 de Julho de 2016, ela entrou na órbita do planeta Júpiter, uma órbita alongada que leva 53 dias.
A ideia original da missão, era que depois de um tempo a sua órbita fosse reduzida para uma de 14 dias, mas depois de vários estudos e de alguns problemas que a sonda teve em suas primeiras passagens por Júpiter, desistiram de reduzir a sua órbita e ela mantém a de 53 dias.
Para quem não sabe, a sonda Juno é movida a energia solar, ela possui um sistema de painéis solares que é do tamanho de uma quadra de basquete.
Isso quer dizer que para ela se manter ativa, ela precisa estar o tempo todo recebendo a luz do Sol.
Em Júpiter, isso as vezes pode ser um pouco complicado, pois eventualmente o planeta pode eclipsar o Sol.
Isso seria fatal para a Juno, pois seus instrumentos seriam congelados e ela não poderia mais realizar o seu belo trabalho científico.
Sabendo de tudo isso, os navegadores da sonda Juno, conseguiram evitar todos os eclipses até o momento, mesmo usando o sistema de controle de reação que originalmente não foi desenvolvido para isso.
A última dessas manobras aconteceu no dia 30 de Setembro de 2019, quando a sonda consumiu 73 kg de combustível alterou a sua velocidade orbital e conseguiu escapar de um eclipse mortal.
Tudo isso para que ela continue a revelar a intrigante atmosfera do Gigante Gasoso, tão intrigante que no último Perijove, ou seja, o momento em que a Juno está mais próxima de Júpiter, os pesquisadores descobriram um novo ciclone no polo sul do planeta.
Em Fevereiro de 2017, quando a sonda passou pelo polo sul de Júpiter ela pôde registrar, 5 tempestades circulando uma tempestade central.
Tudo isso formava um padrão pentagonal na atmosfera joviana.
Mas agora, em 3 de Novembro de 2019, quando ela passou, a 3500 km acima do topo das nuvens de Júpiter, também no polo sul do planeta, a sonda descobriu uma nova tempestade, pequena, circulando a tempestade central.
E agora o sistema todo forma um hexágono na atmosfera de Júpiter e não mais um pentágono.
Isso é muito importante, pois, os pesquisadores estão atualmente estudando toda a dinâmica da atmosfera de Júpiter.
Estão estudando a dinâmica de fluidos ali envolvida para a geração desses ciclones.
E principalmente, está gerando informações para que os pesquisadores possam entender se os ciclones são de longa duração ou não.
A Juno fez imagens no infravermelho com o seu instrumento JIRAM e na luz visível com a JunoCam
As imagens em infravermelho mostram um camada localizada entre 50 e 70 km abaixo do topo das nuvens, e permitiram o cálculo da velocidade do ciclone, cerca de 362 km/h comparável ao dos demais ciclones.
A sonda Juno continuará seu excepcional trabalho em Júpiter, descobrindo sempre novidades do Gigante Gasoso e nós aqui ficaremos acompanhando tudo isso.
Fontes:
https://www.nasa.gov/feature/jpl/nasas-juno-navigators-enable-jupiter-cyclone-discover
#Juno #Cyclone #Jupiter #SpaceToday
Artigo original:
spacetoday.com.br