Jon Favreau revela como o Mitossauro foi um bônus aos fãs

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Durante a terceira temporada de The Mandalorian, Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu viajam para as minas de Mandalore. Bo-Katan Kryze (Katee Sackhoff) acaba se juntando a Mando em sua missão de entrar nas Águas Vivas para que ele seja redimido por ter tirado o capacete em público. Bo-Katan é, então, obrigada a salvar Mando quando ele afunda ao entrar na água. E lá no fundo, nas águas, havia um Mitossauro que ironicamente apenas Bo-Katan viu.

O Mitossauro é uma besta lendária desde o início da cultura Mandaloriana. Uma conversa entre Kuil e Mando, quando este estava aprendendo a montar um Blurrg, na primeira temporada de The Mandalorian começou a chamar a atenção a uma possível aparição da criatura na série. O episódio recente do Disney Gallery, o qual resenhamos, revelou que o monstro nunca apareceria totalmente na série.

A imagem acima está no “Código do Caçador de Recompensas”, um manual lançado pela Editora Bertrand e é um livro Legends.

“O momento do Mitossauro para ela (Bo-Katan) é um momento de fé, onde ela vê algo que deveria ser impossível, e ela é convidada a acreditar nisso”, disse Dave Filoni. “Se a criatura sair da água e se revelar, é óbvio demais. Tem que ser algo isolado, algo que só ela vê. Ela tem que fazer uma escolha: eu confio nos meus olhos? Eu realmente vi aquilo? Isso é realmente possível?”.

Momentos como este do documentário ajudam muito a nós espectadores a pormos nossos pés no chão. Estamos muito tempo acostumados que as obras tenham um certo tempo de fan service. E lidar com os elementos para uma obra madura, um roteiro coeso é como um criador e roteirista jogar os elementos para que o espectador tenha a noção que poucos dentro da tela teriam. E pra isso o Mitossauro aparece para Bo no seu momento mais crucial. Assim, seu emprego narrativo já foi cumprido: o endosso para Bo que tempos depois lideraria Mandalore, saber que a mitológica criatura está ali no subsolo, como um guardião para futuros incertos.

A conquista do trono unificado pelo Clã Kryze

A terceira temporada de The Mandalorian foi importante para Bo-Katan Kryze, que agora é a líder do recém-unificado Mandalore. Poucos pararam para pensar, mas o papel de líder como figura unificadora é algo já retratado em outros filmes que carregam simbolismos importantes. Vejam o caso do filme Herói (2002) dirigido por Zhang Yimou.

O filme começa na paleta de cor preta e passa por todas as cores até terminar com a cor branca. Isso significa a união de todas as cores para justamente fazer um paralelo com o sentido do filme: a guerra cessou porque o personagem de Jet Lee entendeu que apenas unificando a “língua” que a paz poderia vir reinar no território. A Sociedade Jedi recomenda este filme num momento como este!

Sequência inicial do filme “Herói” de 2002.
Sequência final do filme que traduz a idéia da unificação das línguas, um dos grandes significados filosóficos do filme.

Mas não é apenas a nós espectadores que as expectativas pegaram pra valer. Anteriormente, Sackhoff falou sobre a reação dos fãs à sua personagem e como a maneira como as pessoas responderam a ela foi um “sonho que se tornou realidade”. Claro, ao lidar com um grande fandom como Star Wars, é impossível agradar a todos. Sackhoff deu uma visão hilária das reações dos fãs durante uma entrevista recente no podcast The Big Thing, com Kristian Harloff.

“Eu não sei, 70% estão super, super empolgados com [Bo-Katan], você tem dez por cento que dizem ‘eu odiei tudo’, você tem cinco por cento que simplesmente odeia Bo, e então você tem dois por cento que querem que eu sente na cara deles”, disse Sackhoff. “A arte é subjetiva. Nem todo mundo vai sempre amar o que você faz, e seríamos estúpidos se pensássemos que todos gostariam de nós, gostassem do nosso trabalho, do nosso talento e das coisas que fazemos. E você simplesmente … você tem que deixar isso ir.”

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