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Surgiu um estudo inovador, desafiando a compreensão convencional do desvio para o vermelho como um indicador de distância confiável em astronomia. Publicada em 12 de agosto de 2024, esta pesquisa sugere que a velocidade de rotação da Via Láctea pode introduzir um viés nas medições do desvio para o vermelho, potencialmente remodelando nossa compreensão da estrutura e expansão do universo.
O estudo, intitulado “Um viés empírico consistente do desvio para o vermelho: uma possível observação direta da teoria TL de Zwicky”, explora a possibilidade de que o desvio para o vermelho não seja influenciado apenas pela velocidade linear das galáxias, mas também por sua dinâmica rotacional em relação à Via Láctea. Essa revelação pode ter implicações profundas para modelos cosmológicos que dependem fortemente de dados de redshift
Uma das principais descobertas do estudo é a diferença observada no desvio para o vermelho entre galáxias que giram na mesma direção da Via Láctea e aquelas que giram na direção oposta. A pesquisa indica que galáxias girando na mesma direção exibem um desvio médio mais alto para o vermelho, e essa discrepância aumenta com valores mais altos de desvio para o vermelho. Isso sugere um viés sistemático em vez de um erro aleatório, levando a uma reavaliação dos modelos atuais de redshift.
As implicações desse viés são significativas, pois desafia a compatibilidade das teorias cosmológicas existentes com o modelo de redshift. Se as teorias atuais estiverem completas, argumenta o estudo, o desvio para o vermelho como indicador de distância está incompleto. Isso poderia explicar anomalias como a tensão constante do Hubble e a presença de galáxias maduras no universo primitivo.
Para garantir a robustez de suas descobertas, os pesquisadores compararam dados de vários telescópios e metodologias, cobrindo os pólos galácticos norte e sul. A consistência entre esses conjuntos de dados ressalta a confiabilidade do viés de redshift observado, abordando as preocupações sobre a reprodutibilidade dos resultados científicos.
O estudo também revisita a teoria da “luz cansada” de Fritz Zwicky, sugerindo que o viés do desvio para o vermelho observado pode ser uma observação empírica direta que apóia essa hipótese centenária. A teoria de Zwicky postula que a luz perde energia em grandes distâncias, levando a um desvio para o vermelho que não se deve apenas à velocidade das galáxias.
Esta pesquisa abre novos caminhos para explorar modelos cosmológicos alternativos, como a possibilidade de um universo giratório ou de um eixo em escala cosmológica. Essas teorias podem explicar estruturas de grande escala no universo que atualmente não são explicadas por modelos padrão.
À medida que a comunidade científica digere essas descobertas, os autores do estudo enfatizam a necessidade de mais pesquisas para explorar as implicações desse viés do desvio para o vermelho. Ao desafiar os paradigmas estabelecidos, este estudo convida astrônomos e cosmólogos a repensar os princípios fundamentais que sustentam nossa compreensão do universo.
O post JAMES WEBB DESAFIA O BIG BANG – A TEORIA DA LUZ CANSADA apareceu primeiro em SPACE TODAY – NASA, Space X, Exploração Espacial e Notícias Astronômicas em Português.
Artigo original:
spacetoday.com.br