Por Ned Oliveira
Apesar dos vastos desenvolvimentos tecnológicos nas últimas décadas, nosso método de contagem de crateras na Lua não avançou muito.
Um novo algoritmo de inteligência artificial foi projetado para localizar crateras na Lua com mais velocidade e precisão do que os métodos anteriores.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto Scarborough surgiu com uma técnica inovadora que resultou na descoberta de 6.000 novas crateras.
O método utiliza uma rede neural convolucional, o mesmo algoritmo de aprendizado de máquina usado para visão computacional e carros autônomos.
A equipe de pesquisa usou dados de mapas de elevação, coletados por satélites em órbita, para treinar o algoritmo em uma área que cobre dois terços da superfície da Lua. Eles então testaram a tecnologia no terço restante, uma área que ainda não havia visto.
O algoritmo foi capaz de mapear o terreno com incrível precisão e grande detalhe. Ele identificou duas vezes mais crateras do que métodos manuais, com cerca de 6.000 novas crateras lunares sendo descobertas.
Como a Lua não tem água corrente, placas tectônicas ou atmosfera, sua superfície sofre pouquíssima erosão. Com suas antigas crateras permanecendo relativamente intactas, os pesquisadores são capazes de estudar fatores como tamanho, idade e impacto para obter informações sobre a evolução do nosso sistema solar e a distribuição de material que ocorreu no início.
A equipe de pesquisadores, cujo trabalho está sendo revisado pela revista Icarus , planeja continuar melhorando o algoritmo e, eventualmente, testá-lo em objetos celestes como Marte e as luas de Saturno e Júpiter.
Créditos da imagem: NASA
Fonte: http://astronomy.com/news/2018/03/artificial-intelligence-identifies-6000-new-craters-on-the-moon
Artigo original:
spacetoday.com.br