O
módulo de pouso InSight da NASA mandou sinais para a Terra indicando que seus
painéis solares foram abertos e começaram a coletar a luz solar na superfície
de Marte. A sonda Mars Odyssey retransmitiu os sinais que foram recebidos na
Terra, por volta das 23:30, hora de Brasília, da segunda-feira, dia 26 de
Novembro de 2018. A abertura dos painéis solares garante que a sonda pode
recarregar suas baterias a cada dia. A Odyssey também transmitiu um par de
imagens mostrando o local de pouso da InSight.
“A
equipe da InSight pode descansar um pouco mais tranquila essa noite, agora que
nós sabemos que os painéis solares do módulo foram abertas e que suas baterias
estão sendo recarregadas”, disse tom Hoffman, gerente de projeto da InSight no
Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena na Califórnia, que lidera
a missão. “Foi um dia longo para a equipe. Mas amanhã começa um novo capítulo
mais animador ainda para a InSight: as operações de superfície e o início da
fase de instalação dos instrumentos científicos”.
Os
painéis solares gêmeos da InSight medem cada um 2.2 metros de diâmetro, quando
eles estão abertos, o módulo como um todo tem o tamanho de um carro conversível
dos anos 1960. A luz do Sol em Marte é mais fraca que na Terra, pelo fato do
planeta estar mais distante. Mas o módulo não precisa de muito para operar: os
painéis fornecem entre 600 e 700 watts de energia num dia claro, o suficiente
para manter os instrumentos funcionando e realizando experimentos científicos
no Planeta Vermelho. Mesmo quando a poeira cobrir os painéis, o que é algo
comum de acontecer em Marte, eles devem ser capazes de gerar no mínimo, entre
200 e 300 watts.
Os
painéis são modelos baseados nos utilizados por outro módulo que pousou em
Marte, a Phoenix Mars Lander, também da NASA, embora no caso da InSight eles
sejam um pouco maior para fornecer um pouco mais de energia para o módulo que
também é maior e para poder suportar as atividades da InSight em Marte por um
ano marciano, ou seja, dois anos terrestres.
Nos
próximos dias, a equipe irá liberar o braço robótico da InSight e usar a câmera
acoplada na sua ponta para fazer fotos do terreno, de modo que os cientistas
possam decidir onde irão colocar os instrumentos científicos da InSight. Levará
cerca de dois a três meses para que os instrumentos sejam instalados de forma
completa e comecem a enviar dados para a Terra.
Nesse
tempo, a InSight irá usar seus sensores climáticos e seu magnetômetros para
fazer leituras do seu local de pouso na Elysium Planitia, o seu novo lar em
Marte.
O
JPL gerencia a missão InSight para o Science Mission Directorate da NASA. A
InSight é parte do chamado Discovery Program da NASA que é gerenciado pelo
Marshall Space Flight Center em Huntsville, no Alabama. A empresa Lockheed
Martin em Denver construiu a nave InSight, incluindo o seu estágio de cruzeiro
e o seu módulo de pouso, e dá apoio para as operações da missão.
Um
grande número de parceiros europeus, incluindo o Centre National d’Études
Spatiales, o CNES da França, o Institut de Physique du Globe de Paris, o IPGP e
o Centro Aeroespacial Alemão, o DLR, estão apoiando a missão da InSight. O CNES
e o IPGP forneceram o Seismic Experiment for Interior Structure, ou SEIS, com
uma contribuição significante do Max Planck Institute for Solar System
Research, o MPS na Alemanha, o Swiss Institute of Technology, conhecido como
ETH, na Suíça, o Imperial college e a Universidade de Oxford no Reino Unido e o
JPL. O DLR forneceu o Heat Flow and Physical Properties Package, ou HP3, com
contribuições importantes do Space Research Center, CBK, da Academia Polonesa
de Ciência e Astronomia na Polônia. O Centro de Astrobiología, o CAB da
Espanha, forneceu os sensores de vento.
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Artigo original:
spacetoday.com.br