Enquanto o Telescópio Espacial James Webb vai tendo seu lançamento adiado, o Telescópio Espacial Hubble vai mostrando todo o seu trabalho e colecionando recordes, atrás de recordes.
Agora, prestes a completar 28 anos no espaço, o Hubble quebrou mais um recorde importante para a astronomia.
Eu já falei aqui que quando os instrumentos chegam no seu limite, os astrônomos conseguem usar fenômentos naturais do cosmos para expandir o limite de observação.
O fenômeno mais usado é a chamada lente gravitacional.
O Hubble possui uma coleção de aglomerados de galáxias catalogados que podem ser usados como boas lentes gravitacionais.
Foi usando um desses aglomerados e o efeito de lente gravitacional que o Hubble por exemplo, já descobriu a galáxia mais distante do universo até agora.
Dessa vez, o recorde foi outro, o Hubble descobriu a estrela individual mais distante já observada no universo.
Essa estrela está localizada numa galáxia localizada a 9 bilhões de anos-luz de distância da Terra.
Observar estrelas individualmente em galáxias mesmo próximas já é algo espetacular, em uma galáxia assim distante é algo realmente surpreendente.
A estrela recebeu o apelido de Icarus, e a sua luz foi aumentada cerca de 600 vezes devido ao efeito de lente gravitacional.
A estrela é uma supergigante azul, muito maior, mais massiva, mais quente e possivelmente centenas de milhares de vezes mais brilhante que o Sol.
A princípio os astrônomos pensavam que era uma supernova, mas depois viram que não, que era somente uma estrela individual que estava sendo amplificada pela lente gravitacional.
Usar a lente gravitacional é muito importante para se entender determinadas propriedades dos aglomerados de galáxias.
Entre elas tentar descobrir algo sobre a matéria escura, a interação da luz do objeto de fundo com o aglomerado pode dar pistas importantes para os astrônomos.
Os astrônomos têm uma teoria de que parte da matéria escura foi gerada a partir de buracos negros de massa estelar no início do universo.
Além da lente gravitacional do aglomerado de galáxias que ampliou o sinal da estrela, um objeto compacto também ajudou, esse objeto poderia ser uma supernova, um buraco negro de massa estelar, ou uma estrela de nêutrons.
Se por acaso fosse um buraco negro de massa estelar, ao estudar a curva de luz da estrela, os astrônomos poderiam ver ela variando bastante no decorrer do tempo, assim não seria só um buraco negro mas sim um conjunto deles favorecendo a teoria proposta.
Nesse caso, eles não detectaram essa variação no brilho da estrela, desfavorecendo essa hipótese.
MAs lembre-se esse é um único caso, uma única estrela.
Os astrônomos irão procurar mais exemplos, para continuar testando suas hipóteses e tentando descobrir de qualquer maneira a natureza da matéria escura.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/goddard/2018/hubble-uncovers-the-farthest-star-ever-seen
http://hubblesite.org/news_release/news/2018-13
https://www.spacetelescope.org/news/heic1807/?lang
Artigos:
http://imgsrc.hubblesite.org/hvi/uploads/science_paper/file_attachment/310/nature_astro_v3.pdf
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Artigo original:
spacetoday.com.br