Na última semana, o presidente norte-americano Donald Trump assinou um projeto de lei que autorizou o repasse de US$ 19,5 bilhões à NASA. O objetivo é que a agência
possa iniciar um plano de levar humanos para Marte até 2030. Apesar da iniciativa abrir caminhos para a conquista do planeta vermelho, para conseguir finalizar a missão a tempo, a NASA terá que descontinuar vários outros projetos.
O que acontece é que a capacidade da NASA para enviar astronautas até Marte dentro das próximas duas décadas dependerá, em parte, da redução do financiamento que o governo norte-americano concede à Estação Espacial Internacional (ISS). Atualmente, a NASA gasta cerca de US$ 3,5 bilhões por ano com a ISS, sendo aproximadamente US$ 1,7 bilhão para o transporte de tripulantes e carga, US$ 1 bilhão para operações e entre US$ 700 milhões e US $ 800 milhões para pesquisas.
Esse orçamento, que a NASA disponibiliza para a Estação Espacial Internacional, ocupa cerca de metade de seus gastos em programas de exploração espacial humana. O restante da verba vem sendo utilizado, em grande parte, pelo desenvolvimento do programa Orion, que tem como objetivo transportar humanos por distâncias ainda não alcançadas.
Com a nova missão para Marte atribuída e orçamentos limitados para outros programas, especialistas estão preocupados com o futuro da ISS. Em 2015, o Congresso estendeu as operações da Estação até 2024, mas o que acontecerá depois ainda terá que ser discutido. Segundo Brian Babin, presidente da House Science and Technology’s Subcommittee on Space, o patrocínio da NASA para além de 2024 poderia impedir a missão de enviar astronautas a solo marciano: “Quanto mais tempo operarmos a ISS, mais tempo levará para chegar a Marte”, explicou o representante.
Uma das altenativas possíveis para manter o trabalho realizado na Estação Espacial Internacional deve ser a transferência de seu controle para o setor privado. Porém, é improvável que as empresas espaciais estejam prontas para assumir a estação espacial até 2024. Para que isso seja possível, há algumas propostas de que as operações da ISS continuem em funcionamento até 2028, assim as empresas privadas teriam mais tempo para se associar à NASA.
Fonte: TechTimes