HUBBLE OBSERVA A FORMAÇÃO DE NOVA MANCHA ESCURA EM NETUNO | SPACE TODAY TV EP.1764

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Em 1989, quando a sonda Voyager passou por Netuno, o último planeta que ela visitou antes de embarcar em sua viagem para fora do Sistema Solar, ela observou no planeta uma mancha escura, logo apelidada pelos cientistas como a Grande Mancha Escura.

Além da Grande Mancha Escura, a sonda Voyager 2 registrou também uma segunda mancha, apelidade de Mancha Escura 2.

5 anos depois, em 1994, já arrumado, o Telescópio Espacial Hubble observou o planeta Netuno e as imagens mostraram que a Grande Mancha Escura tinha diminuido de tamanho, e a Mancha Escura 2 havia desaparecido.

Isso foi uma surpresa para os cientistas, pois eles estavam acostumados com a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade secular em Júpiter, e não pensavam que essa tempestade de Netuno desapareceria.

Em 2015, os cientistas notaram novamente uma pequena mancha escura em Netuno e enquanto analisavam essas imagens, em 2018, eles conseguiram observar o surgimento de uma nova Grande Mancha Escura em Netuno.

Netuno tem uma atmosfera muito dinâmica, ele possui nuvens bem claras, formadas de metano e cristais de gelo.

Os pesquisadores notaram que essas nuvens mais claras surgem como companheiras das manchas escuras, que surgem em pontos mais profundos da atmosfera do planeta.

Os pesquisadores também conseguiram estudar a frequência com as quais essas tempestades surgem em Netuno, usando essas imagens e modelos computacionais, e chegaram a conclusão que entre 4 e 6 anos ocorre a formação dessas manchas escuras na atmosfera, e elas podem durar até 6 anos, sendo 2 anos, a duraçào mais provável.

Os cientistas já sabem que essas manchas são bem diferentes da Grande Mancha Vermelha de Júpiter, que está perdurando no planeta por 350 anos.

Os ventos em Netuno operam em faixas muito mais largas e os ventos fortes acabam dissipando a mancha.

Eles estimam que a velocidade dos ventos em Netuno seja de 100 metros por segundo o que é similar ao que acontece na Grande Mancha Vermelha de Júpiter.

Os astrônomos querem continuar usando o Hubble para investigar o clima de Netuno e a formação das tempestades na atmosfera do planeta.

O projeto do Hubble que realizou essas descobertas se chama OPAL e continuará observando os planetas externos do Sistema Solar.

Esse tipo de estudo posteriormente poderá ser aplicado até mesmo em exoplanetas.

#Netuno #GrandeManchaEscura

Fontes:

https://news.agu.org/press-release/hubble-captures-birth-of-giant-storm-on-neptune/

Artigo original:
spacetoday.com.br