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Uma das grandes questões sobre a evolução do universo, é o cálculo da sua taxa de expansão.
Já sabemos que o universo expande de forma acelerada, mas determinar esse valor é algo que literalmente tem tirado o sono dos astrofísicos, astrônomos, cosmólogos ou qualquer um que se importe com isso.
Esse valor da taxa de expansão do universo recebe o nome de constante de Hubble e indica o quanto as galáxias se afastam de nós.
Existem basicamente duas maneiras de medir esse valor.
Um dos métodos se baseia nos dados da radiação cósmica de fundo, os astrônomos usam os dados obtidos pelo satélite Planck da ESA para realizar essas medições, ou seja, usando medidas do que chamamos do universo primordial.
O outro método se baseia nas distâncias calculadas até estrelas no que chamamos de universo local.
O problema é que esses valores dão uma diferença, importante e marcante que muda como o universo expande, a idade do universo e como podemos entender o universo.
Os astrônomos agora usaram os dados recentemente lançados pela missão GAIA para ajudar nesse cálculo.
A GAIA mediu com precisão, a distância, o brilho e outras propriedade de quase 2 bilhões de estrelas na nossa galáxia, ela mediu também as propriedades de um tipo muito importante de estrelas, as chamadas variáveis Cefeidas.
A missão GAIA mediu 50 variáveis Cefeidas na Via Láctea obtendo com precisão sua distância e o Hubble mediu com precisão o brilho.
Com isso os pesquisadores puderam usar essas medidas para calibrar a distância até outras galáxias com uma grande precisão e assim calcular a constante de Hubble por esse outro método.
E o resultado foi o seguinte.
Usando as medidas do Hubble e da GAIA o valor para a constante de Hubble é de 73.5 km/s/megaparsec, isso quer dizer que a cada megaparsec, ou 3.3 milhões de anos-luz uma galáxia se afasta de nós 73.5 km/se mais rápido.
Usando a medida do satélite Planck, ou seja, do universo primordial o valor da constante de Hubble é de 67 km/s/megaparsec.
Essa diferença é muito grande e isso coloca em dúvida muito o que sabemos sobre o universo, pode ser que o modelo que usamos não esteja muito correto.
Essa medida usando o Hubble e a GAIA é considerada a media mais precisa da constante de Hubble feita até o momento, mas que devia se ajustar ou pelo menos ficar próxima da medida feita com a radiação cósmica de fundo.
Os astrônomos cogitam que, uma nova física deva existir para explicar as fundações do universo, isso inclui, uma interação mais forte com a matéria escura, a energia escura ser mais exótica do que ela já é, ou até mesmo a existência de uma partícula desconhecida no universo.
O mais interessante de tudo isso é que a resposta pode estar na astrofísica multimensageira, e nessa mesma semana tivemos o anúncio da origem dos neutrinos de alta energia.
Será que essa nova descoberta não pode de alguma forma nos mostrar algo que não percebemos até agora e isso ser a chave para ajustarmos as medidas da constante de Hubble, o que acham?
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/goddard/2018/hubble-and-gaia-team-up-to-fuel-cosmic-conundrum
Artigo original:
spacetoday.com.br