O Google publicou nesta terça-feira (10) um novo relatório de ganhos entre seus funcionários homens e mulheres, como resposta às acusações do Departamento do Trabalho (Departament of Labor, em inglês) dos Estados Unidos de que a empresa pagaria diferentes salários a seus empregados com base em sua condição sexual.
De acordo com a gigante das buscas, não há diferenciação de quantias salariais entre homens e mulheres que exercem a mesma função, e todos os pagamentos são estipulados a partir de “função, nível hierárquico, local de trabalho, performance e produtividade” de cada um dos empregados. A companhia destaca que seu modelo de remuneração preza pela igualdade, uma vez que o salário é calculado por analistas que não levam em consideração o gênero dos funcionários.
A empresa também alega que esse processo foi construído usando quatro estágios que comparam os valores de compensação sugeridos entre os sexos. Se qualquer diferença estatística for observada, então a empresa é estimulada a fazer ajustes para igualar os ganhos dos trabalhadores – no caso, aqueles que desempenham a mesma função -, sejam eles homens ou mulheres.
“Nosso estudo nos dá a confiança de que não há diferença salarial entre homens e mulheres no Google. Inclusive, já publicamos uma visão geral de como outras empresas podem alcançar um modelo de análise de equidade salarial”, disse Eileen Naughton, vice-presidente de operações de pessoas na entidade. Segundo a executiva, as pesquisas mais recentes feitas pelos analistas do Google e divulgadas no final de 2016 concluíram que, entre as 52 categorias de trabalho na empresa, não foi encontrada “nenhuma diferença salarial entre homens e mulheres”.
A resposta do Google vem depois que o Gabinete dos Programas Federais de Conformidade de Contratos (OFCCP, na sigla em inglês) apresentou ao Departamento do Trabalho um processo no qual acusa a companhia de Mountain View de se recusar a fornecer registros de empregabilidade ao órgão. Por prestar serviços ao governo federal dos EUA, o Google é obrigado a divulgar documentos referentes aos salários de seus empregados para comprovar que está em dia com as políticas de remuneração igualitária exigidas pelo governo norte-americano.
Segundo o Google, não é possível fornecer essas informações porque a empresa seria obrigada a revelar dados confidenciais de seus funcionários. Por isso, o Departamento decidiu mover um processo contra a corporação. Ao jornal britântico The Guardian, a advogada do Departamento, Janette Wipper, declarou ter provas suficientes que indicam “disparidades salariais sistêmicas contra mulheres em toda sua força de trabalho”.
Fontes: The Verge, The Guardian