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No dia 18 de Dezembro de 2018, às 21:50, hora de Brasília, uma rocha espacial atingiu a Terra a uma velocidade de 110 mil km/h e explodiu como uma bola de fogo na atmosfera do nosso planeta a cerca de 25.5 km acima do Mar de Bering.
Provavelmente, só os peixes que vivem nas água geladas desse mar entre a Rússia e o Alasca testemunharam essa explosão na atmosfera da Terra.
O que aconteceu ali foi o que chamamos de um meteoro, ou seja, um fenômeno luminoso que resulta quando um asteroide, ou meteoroide, ou outra rocha espacial entra na atmosfera da Terra.
Se ele não é totalmente vaporizado na nossa atmosfera, a parte dele que atinge a superfície é chamada de meteorito.
Mas se ninguém viu, ninguém tava lá, como sabemos o que aconteceu?
No dia 8 de Março de 2019, o pesquisador Peter Brown estava vasculhando os dados de Dezembro do sistema usado plea Comprehensive Test Ban Organization para detectar explosões atmosféricas causadas por testes nucleares.
O sistema é composto por sensores sísmicos e acústicos capazes de registrar o som que não é audível ao ouvido humano a distâncias de milhares de quilômetros.
E esse evento havia sido detectado por muitos sensores.
Com todos os dados foi possível calcular a energia liberada na explosão que foi de 173 kilotons, 10 vezes mais poderosa que a bomba atômica de hiroshima.
É a maior explosão na atmosfera da Terra, desde o evento de Chelyabinsk em 2013, cuja energia foi de 440 kilotons.
Simon Proud, outro pesquisador, resolveu vasculhar os dados do satélite meteorológico japonês Himawari e o satélite conseguiu registrar o meteoro.
O instrumento MODIS, a bordo do satélite Terra da NASA, também conseguiu registrar o meteoro sobre o mar de Bering.
Algo que pode estar preocupando todo mundo é fato de termos sido atingidos de surpresa.
Bem, isso não é lá muito verdade pois a Terra é atingida todos os dias por milhares de rochas vindas do espaço.
Essa rocha espacial em especial que explodiu na atmosfera tinha cerca de 10 metros de diâmetro, ou seja, ela não é nada de anormal, lembrando que as rochas espaciais com mais de 150 metros de diâmetro é que são consideradas as mais perigosas para nós.
Mas esse evento é bom para que os investimentos possam continuar em sistemas de monitoramento, dos NEOs, como chamamos e também mostra como os sistemas ativos hoje, de sensores é capaz de ajudar na detecção de eventos que acontecem em áreas remotas do planeta.
Além disso, um evento como esse mostra, como é importante estudarmos os asteroides, para entender sobre sua composição, sua órbita, os efeitos que podem alterar sua órbita, ou seja, conhecer bem a nossa vizinhança cósmica no universo.
#Fireball
Fontes:
https://phys.org/news/2019-03-powerful-meteor-satellites.html
https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7355
https://www.skyandtelescope.com/astronomy-news/amazing-images-giant-fireball-bering-sea/
Artigo original:
spacetoday.com.br