O universo de Star Wars continua sua constante expansão após ter tido seus últimos anos recheados com diversas séries no Disney+. No mês passado, a Lucasfilm anunciou três filmes que irão continuar essa crescente de conteúdo. Um deles terá Dave Filoni no comando e será um evento para as séries criadas por Filoni e Jon Favreau.
Em entrevista ao EW, a dupla respondeu se o filme é um evento natural para um encontro estilo Os Vingadores entre os personagens das quatro séries de TV.
“Nós estamos no lugar certo”, disse Filoni. “Nós definitivamente estamos no espaço certo. Eu acho que vai ser um clamor de personagens dizendo, ‘Como eu posso estar nesse filme?’ E é isso que eu e Jon estamos descobrindo.”
Para Filoni, sua estreia em live-action nas telonas é o ápice de uma jornada que começou quando George Lucas o contratou para comandar The Clone Wars, que estreou em 2008, e que foi para frente com a parceria com Favreau em The Mandalorian. “Eu acredito que por um longo tempo, enquanto aprendia a trabalhar nesta galáxia, percebi que se trata de um jogo de longo prazo”, Filoni disse. “E se as coisas derem certas, você consegue contar mais de sua história. Acredito que as coisas deram certo para nós, e as pessoas têm gostado dos personagens que temos criado. Então certas oportunidades foram surgindo na medida que fomos seguindo.”
Em relação a essas séries se passarem alguns anos após O Retorno de Jedi – o início de The Mandalorian se passa 5 anos após o Episódio VI -, Filoni acredita que é o período perfeito para se preencher. “Crescendo com os filmes originais, Retorno era o fim”, ele disse. “Mas aí você sempre fica: ‘Mas o que acontece deepois?’. E então o Episódio VII se passa muito tempo depois e quando eu era criança eu nunca esperei que seria tanto tempo depois, mas fez sentido. Criou uma abertura em que você pode chegar e falar ‘Bom, então muitas das coisas que sabíamos antes provavelmente estão lá. Então como podemos trazê-las?”
Legends pode ser uma inspiração
Jon Favreau insinua que não apenas os personagens e lugares da séries de TV podem aparecer no filme deles. Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, embasou essa dica. Ela comentou que “há muitas fontes das quais ele está buscando inspiração para ver onde estamos indo.” Ou seja, eles podem utilizar fontes que não são consideradas cânones.
“Quando eu era mais novo, nós não tínhamos filmes, mas tínhamos quadrinhos, livros, coisas que agora são consideradas universo expandido ou Legends”, Favraeu disse. “Claramente, decisões precisam ser feitas para que tudo se encaixe. Mas para nós, eu acredito que estamos em acordo que os personagens – tão especiais quanto sejam – a história tem que guiar quais personagens são necessários.”
Quando o assunto é decidir quais personagens aparecerão, sejam eles das séries, video games, livros ou quadrinhos, Favrau diz que ele e o parceiro tentam canalizar a criança interior que os habita. “Nós brincamos que é como brincar com action figures, tipo, ‘O que há nacaixa? Vamos brincar com o que tem na caixa!’ E é o que você faz quando você está brincando e é uma criança.”
Entretanto, as histórias irão determinar quais action figures serão retiradas das caixas. “Enquanto nos profundamos cada vez mais nisso, você começa a mapear as coisas e descobrir aquela história, e então fazer com que esses personagens cumpram o ciclo de crescimento deles e a jornada do herói. Essas coisas têm que se encaixar bem. Caso contrário, não parecerá como Star Wars.”
Essa abordagem segue o mapa que o criador original da franquia desenhou há quase 50 anos. “Esse sempre foi o ponto de partida de George”, diz Favreau. “Ele é um estudante de Joseph Campbell. Como se encaixa na narrativa que tem a jornada do herói? E assim, à medida que mais e mais personagens se alinham, é preciso descobrir como esses personagens estão se desenvolvendo e se no final parece uma história de Star Wars.”
Ainda não há data de lançamento para o filme.
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