O Facebook anunciou, nesta segunda-feira (13), alterações na sua política de privacidade, proibindo os desenvolvedores de usar os dados dos usuários para fins de vigilância. A rede social diz que trabalhou com grupos de liberdades civis para elaborar as modificações, também aplicadas ao Instagram.
”Estamos empenhados em construir uma comunidade onde as pessoas possam se sentir seguras fazendo suas vozes serem ouvidas. Nossa abordagem envolve tomar decisões cuidadosas todos os dias sobre como usamos e protegemos os dados no Facebook”, informou a rede social, em comunicado.
As mudanças podem ter sido motivadas por uma investigação realizada em outubro do ano passado pela organização de defesa dos direitos civis dos Estados Unidos ACLU, que descobriu que a rede social ajudou a polícia a monitorar manifestantes durante protestos.
Na época, além do Facebook, Twitter, e Instagram também deram acesso a dados de seus usuários à Geofeedia, desenvolvedora de um produto de monitoramento de redes sociais vendido às forças da ordem como um meio para vigiar ativistas e manifestantes.
Coincidentemente, as alterações na política de privacidade da rede social são anunciadas poucos dias após um vazamento de documentos do WikiLeaks comprovar que a CIA, Agência Central de Inteligência norte-americana, usou ferramentas para se infiltrar, espionar e, em alguns casos, controlar remotamente uma série de gadgets.
Fonte: Wall Street Journal