No início do ano, a Qualcomm divulgou um estudo chamado The 5G Economy mostrando dados financeiros do mercado após a chegada da quinta geração de internet móvel. Agora, a fabricante de chipsets para dispositivos móveis acaba de soltar um novo estudo chamado “5G Mobile: Rompendo a Indústria Automotiva”, prevendo que essa será uma das áreas mais influenciadas pelos avanços do 5G.
No estudo anterior, a empresa previu que o 5G trará 3,5 milhões de dólares e 22 milhões de empregos para a economia mundial (número esse que equivale ao tamanho da economia da Índia). Agora, a indústria automotiva será profundamente impactada pela tecnologia, gerando mais empregos e novos mercados.
Entre os dados mais relevantes levantados pela pesquisa, que foi desenvolvida pela IHS Markit em conjunto com o professor de economia e executivo da Berkley Research Group, Dr. David Teece, no ano de 2035 o 5G já terá sido responsável por gerar mais de US$ 2,4 trilhões em receitas somente no setor automotivo, o que inclui a cadeia de fornecedores e consumidores.
Isso porque o 5G é essencial no futuro dos veículos autônomos e carros conectados, e a tecnologia ajudará a aumentar a produtividade das montadoras e aumentar o valor das vendas, também aprimorando a experiência do usuário, que contará com soluções conectadas (como a possibilidade de reduzir potenciais acidentes de trânsito).
Mais dados revelados pelo estudo
Segundo o relatório, “a tecnologia 5G estará no cerne de acelerar ou reconhecer plenamente os benefícios de veículos autônomos, interromper os modelos de negócios atuais para montadoras e impactar significativamente usando setores como logística e transporte”.
Cumulativamente, o 5G no setor automotivo causará um impacto econômico de quase 20% do valor que a tecnologia em geral gerará na economia mundial. Além disso, um roteamento mais eficiente e um maior número de horas de operação também beneficiarão setores como o comércio, transporte, logística e armazenagem. A segurança que o 5G traz fará com que equipamentos não supervisionados funcionem por períodos mais longos e a custos reduzidos, o que será benéfico ainda para a agricultura, a construção e a mineração.
Mas, voltando ao setor automotivo, o estudo ainda propõe algumas medidas que, quando aplicadas, facilitarão a chegada desse futuro promissor. Entre elas, está incentivar a co-instalação de fibra óptica e energia como parte de obras rodoviárias, criar pistas nas estradas e vagas em estacionamentos para veículos autônomos e o estabelecimento de limites de velocidade mais altos para os carros que dispensam motoristas humanos.