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O objetivo principal do Telescópio Espacial Hubble, é estudar galáxias distantes, aglomerados de galáxias, para tentar sanar ao máximo as dúvidas sobre a evolução do universo.
Lógico que com o passar do tempo, o Hubble se mostrou uma ferramenta astronômicos de grande valor para outros estudos, nebulosas planetárias, atmosfera de exoplanetas e até mesmo estudos no próprio Sistema Solar.
Desde o choque do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter em 1994 até a descoberta de satélites em Plutão, o Hubble é indiscutivelmente uma das ferramentas astronômicas mais valiosas atualmente, e até o lançamento do James Webb, sabe-se lá quando, continuará nos presenteando com belas imagens.
No caso do Sistema Solar, os pesquisadores aproveitam os momentos em que os planetas estão em oposição para fazer imagens detalhadas.
Oposição nada mais é que arranjo geométrico quando um planeta está no lado oposto do Sol no céu, nesse ponto ele recebe a iluminação diretamente e fica cheio, revelando assim seus detalhes.
Isso está acontecendo com Marte agora e aconteceu com Saturno. E o Hubble aproveitou para fotografar os dois planetas.
Só um detalhe, lógico que é muito complicado ajustar a agenda do Hubble com a data exata da oposição então as imagens são feitas quando é possível.
O mais interessante de tudo isso é que os dois planetas, possuem estações do ano como no caso da Terra, e essas estações causam mudanças brutais no que se vê através do telescópio.
O Hubble fotografou Saturno no dia 6 de Junho e a oposição do planeta aconteceu em 27 de Junho.
Já Marte foi fotografado no dia 18 de Julho e a oposição aconteceu dia 27 de Julho.
Saturno tem mudanças sazonais causadas pela inclinação do seu eixo de rotação que é de 27 graus.
Nesse momento é verão no hemisfério norte de Saturno e com isso, a atmosfera fica mais ativa, com isso é possível ver nas imagens, nuvens perto do polo norte do planeta e nas latitudes intermediárias também.
O Hubble pôde também ver no polo norte do planeta a tempestade hexagonal, uma tempestade que foi descoberta em 1981 pela sonda Voyager e que foi exaustivamente estudada pela Cassini.
A imagem de Saturno desse ano, é a primeira feita pelo Hubble dentro do seu programa chamado de OPAL, Outer Planet Atmosphere Legacy.
Marte também tem estações do ano causadas pela inclinação do seu eixo de rotação que é de 25 graus, e também com uma influência da sua órbita ao redor do Sol, que é mais elíptica e isso faz com que a distância que o planeta está do Sol interfira também.
E isso causa sérias consequências climáticas em Marte, a principal delas são as tempestades que assolam o planeta, e todos sabem que esse ano Marte está passando por uma tempestade global que está cobrindo totalmente o Planeta Vermelho.
Isso é interessante, pois enquanto existem em Marte, sondas e rovers que podem estudar a tempestade de forma mais detalhada, o Hubble pode ajudar a estudar ela de forma mais geral, e estudar o que acontece na alta atmosfera de Marte.
Toda essa integração de informações é essencial para se entender o que acontece com o Planeta Vermelho, e para que entender isso?
Bem, se um dia tivermos que colonizar Marte é bom saber tudo o que acontece com o planeta, para não sermos pegos de surpresa por uma tempestade dessas.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/goddard/2018/saturn-and-mars-make-closest-approaches-in-2018
Artigo original:
spacetoday.com.br