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Nesse dia 5 de Outubro de 2018, a revista Science publicou uma edição praticamente especial sobre Saturno, e sobre a missão Cassini.
Mais especificamente, foram publicados os resultados obtidos pela sonda Cassini durante a fase da missão que ficou conhecida como Grand Finale.
Esses resultados estão resumidos em 6 artigos da revista Science.
Além disso, foram publicados 5 artigos também no periódico Geophysical Research Letters referentes ao Grand Finale da missão Cassini em Saturno.
Para quem não se lembra, durante essa fase, a sonda Cassini, passou entre o planeta e os seus anéis, no gap que ali existe.
Como são temas diferentes que foram abordados nos estudos, resolvi fazer um especial sobre Saturno, serão alguns vídeos resumindo para vocês os principais resultados publicados nos artigos da revista Science.
Nesse primeiro vídeo vamos falar dos anéis de Saturno, melhor dizendo sobre a composição química dos anéis de Saturno.
Os anéis são talvez as estruturas mais espetaculares do nosso Sistema Solar, e saber do que eles são constituídos e como eles se formaram é algo que os astrônomos sempre buscaram entender.
Acreditava-se que os anéis eram formados simplesmente por água, seriam na verdade, pedaços de gelo, mas com a passagem da Cassini entre o anel mais interno e o corpo do planeta, os pesquisadores puderam analisar em detalhe a composição do anel de Saturno.
Além da água ele é constituído de metano, amônia, monóxido de carbono, nitrogênio molecular e dióxido de carbono, ou seja, os anéis são quimicamente muito mais complexos do que se imaginava antes.
Outra descoberta interessante, é que os pesquisadores puderam estudar o material que flui dos anéis em direção a atmosfera de Saturno.
A quantidade de material que é expelida do anel em direção à ionosfera de Saturno é elevada e isso faz com que os astrônomos concluam que a vida dos anéis não é tão longa como se pensava.
Esse material tem um papel importante nas alterações sofridas pelo planeta.
A química que é expelida pelo Anel D de Saturno chega na atmosfera superior de Saturno e isso além de alterar a sua composição, gera também um aquecimento na parte superior da sua atmosfera.
Os pesquisadores disseram que os dados estão excelentes, são muito claros e que podem revelar muitas coisas ainda.
Eles disseram também que o que é necessário agora são modelos melhores e uma análise mais detalhada para explicar tudo que pode estar escondido nos dados enviados pela Cassini.
Esse tipo de análise só foi possível graças ao risco que se correu ao enviar a sonda para uma região tão complexa e inesperada, mas definitivamente valeu a pena arriscar.
#MeetESO
Fonte:
https://phys.org/news/2018-10-chemical-complexity-saturn-planet-upper.html
Artigo:
https://www.slideshare.net/sacani/chemical-interactions-between-saturns-atmosphere-and-its-rings
Artigo original:
spacetoday.com.br