Engenheiros Ainda Tentam Descobrir O Que Está Acontecendo Com o Sensor de Calor da Missão InSight

Mestre Jedi Engenheiros Ainda Tentam Descobrir O Que Está Acontecendo Com o Sensor de Calor da Missão InSight

Os engenheiros ainda estão tentando entender o porque um dos principais instrumentos da missão InSight da NASA está preso logo abaixo da superfície marciana.

Em apresentações feitas durante a 50th Lunar and Planetary Science Conference, no dia 18 de Março de 2019, os responsáveis pelo projeto disseram que eles planejam gastar mais algumas semanas para poder determinar porque o sensor no Heat and Physical Properties Package, o HP3, desenvolvido para medir o fluxo de calor no interior do planeta está preso a cerca de 30 centímetros abaixo da superfície, bem antes de chegar na profundidade desejada para ele fazer as medidas que é de 5 metros.

O sensor conhecido como um “mole”, foi colocado na superfície no dia 28 de Fevereiro de 2019 e então começou a ser martelado como se fosse um prego para ser colocado na profundidade desejada. Tilman Spohn, da agência espacial alemã, a DLR e o principal pesquisador do HP3, disse que o sensor atingiu uma profundidade de cerca de 30 centímetros depois de 4 horas de trabalho sendo martelado. O sensor, não conseguiu atingir um ponto mais profundo na subsuperfície marciana numa segunda seção de operações que durou cerca de 5 horas, e que aconteceu no dia 2 de Março de 2019. Depois disso, a equipe que trabalha com o HP3 decidiu suspender as operações.

Spohn, disse, na conferência que a equipe especula que o sensor atingiu uma rocha logo depois de ter iniciado o processo de perfuração o que fez com que ele se inclinasse cerca de 15 graus, mas que mesmo assim foi possível continuar com a perfuração. “A cerca de 30 centímetros de profundidade, nós encontramos algo”, disse ele. “Nós não sabemos ainda se é uma parte mais dura do regolito marciana, ou se é uma rocha mesmo”.

A equipe do instrumento está trabalhando para diagnosticar o problema, disse ele, incluindo, verificar se o problema é com o próprio instrumento, ou com o material que ele está tentando perfurar. Uma possibilidade é que ele usem o braço robótico para pegar a estrutura de suporte que está na superfície de Marte e verificar se o mole está preso, mas Spohn, disse que qualquer plano precisa ser cuidadosamente analisado primeiro.

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Se o problema é com a subsuperfície marciana, ele disse, “eu acho que nós podemos continuar martelando e perfurando e ver se conseguimos passar por essa camada de rocha ou não”.

Bruce Banerdt, principal pesquisador geral da missão, disse que a sonda está fazendo imagens do instrumento na superfície para ajudar a diagnosticar o problema. “Nós podemos provavelmente começar tentando perfurar novamente em algumas semanas”, disse ele. “Antes disso, nós queremos saber se estamos fazendo as coisas certas”.

O outro instrumento principal da InSight, um sismômetro chamado de Seismic Experiment for Interior Structure, está trabalhando bem. O instrumento está agora instalado na superfície de Marte e devidamente coberto com o seu escudo de proteção térmica e contra o vento. Banerdt notou que o nível de ruído no instrumento está 100 vezes abaixo daquele registrado pelos melhores sismômetros aqui na Terra.

O único problema com o sismômetro é que ele ainda não detectou um sismo marciano, embora tenha detectado microssismos. Essa falta de atividade não é uma surpresa. “Isso é exatamente o que esperávamos”, disse ele. O instrumento está totalmente operacional, a mais de um mês, ele disse, e antes da missão ser enviada para Marte, a expectativa era que pudesse se detectar entre 10 a 12 sismos marcianos por ano.

Philippe Lognonné, principal pesquisador do SEIS, o sismômetro da InSight, disse em outra apresentação que o sismômetro está trabalhando bem. “Nós agora, claro, só estamos esperando por um terremoto, ou martemoto, como queiram chamar”.

Fonte:

https://spacenews.com/engineers-still-studying-problem-with-insight-heat-flow-probe/

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Artigo original:
spacetoday.com.br