Em segredo, detentos constroem PCs para acessar a internet de dentro da prisão

Mestre Jedi Em segredo, detentos constroem PCs para acessar a internet de dentro da prisão

O cinema e os noticiários mostram que é relativamente comum que presos tentem cavar túneis secretamente para tentar escapar. Este caso, porém, é bem pouco convencional, porque envolve presos que construíram dois computadores em segredo, com direito a acesso à internet e tudo.

O evento aconteceu na Instituição Correcional de Marion, no estado de Ohio, nos Estados Unidos. Segundo divulgou o escritório do inspetor-geral do estado, as suspeitas começaram ainda em julho de 2015, graças a identificação de alguns computadores conectados à rede da prisão que extrapolaram o limite diário de consumo de internet.

Até aí quase tudo normal, salvo pelo fato de a máquina realizar acessos apenas entre segunda-feira e quinta-feira, com o aviso sendo emitido já na sexta-feira. Além disso, outro fato que despertou o interesse do pessoal da TI foi a identificação de que as máquinas tentaram usar serviços de proxy para burlar bloqueios da rede.

O passo seguinte foi identificar a máquina de onde partiam estes acessos, um PC usado na área de treinamentos da prisão. Um profissional de TI encontrou um cabo misterioso e resolveu seguí-lo fisicamente para ver onde ele estava plugado. Para a sua surpresa, o fio ia por um buraco no teto e, ao retirar alguns tijolos, foi possível encontrar dois computadores escondidos sobre uma mesa feita de madeira compensada.

Internet para todos

A investigação levada a cabo pela administração da prisão descobriu que os detentos usavam as máquinas para navegar na web. Além de acessar redes sociais e o YouTube, eles também visitavam sites pornográficos e também para fazer download de softwares. Até mesmo buscas sobre como fabricar drogas e explosivos, cometer fraude fiscal e até roubar identidade de outro preso eram realizadas pelos presos experts.

Ao todo, cinco presos foram acusados de envolvimento no “projeto”. Todos eles foram transferidos para outras instituições.

Fonte: Office of the Inspector General – State of Ohio