As habilidades do profissional de TI têm mudado constantemente para corresponder às exigências do mercado atual. No entanto, ainda faltam profissionais qualificados para atender à demanda, como ocorre em Santa Catarina, onde sobram oportunidades em empresas de tecnologia – são 200 vagas abertas atualmente. E um dos principais motivos apontados pelas companhias é a carência de profissionais de TI com perfil de negócios.
“O profissional de TI tem que estar plugado nos negócios. Tem que conhecer o processo de negócio, desenvolver soluções”, afirma Evandro Mees dos Santos, diretor de serviços de uma empresa que desenvolve soluções digitais com sede em Blumenau. Somente na empresa em que trabalha, são 58 vagas abertas.
Com a falta de pessoas qualificadas no segmento, os recrutadores começam a optar por trazer profissionais de outras áreas para aprender TI na própria empresa. “O que a gente nota é que existe uma desconexão no que é ensinado na faculdade e o que o mercado precisa. Muitas vezes um profissional sai de um curso de Ciências da Computação aprendendo uma tecnologia obsoleta, sem experiência”, completa o diretor.
Em outra empresa com sede em Blumenau, o cenário se repete. Conforme a analista de desenvolvimento humano e organizacional Franciele Koch, o perfil de um profissional de desenvolvimento de TI deve ir além. “Antes, nós tinhamos aquele profissional que executava, o operacional. Eram pessoas instrospectivas. É preciso uma mudança nesse perfil”, explica Franciele.
Conhecimento específico
De acordo com a gerente administrativa Joyce Daniela Oss Emer, que atua em uma empresa de TI também em Blumenau, para algumas áreas, a dificuldade é encontrar vários profissionais qualificados, com conhecimento específico no que as empresas buscam.
“O perfil mais difícil para contratar é para área de Marketing, Comercial e Vagas Técnicas com algum conhecimento muito específico, que não é atual para os jovens, por exemplo”, explica ela.
Para se ter ideia, em 2015, o mercado de tecnologia movimentou R$ 11,4 bilhões em Santa Catarina, segundo um estudo da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), em parceria com a Neoway.
Fonte: G1