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Não vou mentir, pensei em dar o título para esse vídeo de Planeta 9 – Uma Farsa, até falei com os apoiadores do canal.
Mas acho que seria muito pesado.
Bem, o lance é o seguinte.
Lembram daquele trabalho que descobriu 139 novos objetos nos confins do Sistema Solar, então esse vídeo aqui é para falar de um trabalho feito sobre esse aí.
Para quem não lembra, usando o projeto conhecido como Dark Energy Survey, os pesquisadores descobriram 139 novos objetos no Sistema Solar, os chamados objetos transnetunianos.
Isso é muito bom, pois com esses novos objetos seria possível detectar o famoso Planeta 9, se é que ele realmente existe.
Mas e se ele não existir, e se não existir nada tão especial assim, nos confins do Sistema Solar?
Pensando nisso um grupo de pesquisadores resolveu fazer um trabalho excepcional.
O questionamento nasce do seguinte, as coisas no universo tendem a ser irotrópicas, ou seja, você olhar para um lado vai ver a mesma quantidade de objetos se você olhar para outro lado.
Mas de acordo com a tese que defende o Planeta 9 não é isso que acontece, pois, as órbitas dos TNOs aparecem alinhadas, e esse alinhamento seria possível com a presença desse grande planeta ali.
Mas e se a gente estiver olhando só uma pequena parte desses objetos e não a população toda?
Então o trabalho começa criando uma população de 40 milhões de TNOs.
Eles criaram esses TNOs com a longitude do modo ascendente, o argumento do periélio e a distância angular média do objeto até o seu pericentro.
Esses que são os parâmetros analisados.
Com os dados gerados os pesquisadores rodaram testes estatísticos para comparar com os TNOs observados pelo DES.
Para fazer isso, eles usaram 7 amostras do conjunto de dados observados, e estabeleceram 4 casos de análises.
No primeiro caso todos os 7 estão incluídos e no caso 4 só 3 objetos foram incluídos, aqueles mais distantes e que seriam menos afetados pela órbita de Netuno e mais pela órbita do Planeta 9.
Quando rodaram o teste com os 7 TNOs, o resultado mostrou que eles poderiam vir de uma população isotrópica, ou seja, o Planeta 9 não é necessário.
E quando rodaram o caso com os 3 mais distantes, os resultados não foram muito conclusivos.
Mas ao usar uma distribuição isotrópica dos TNOs os pesquisadores puderam criar a órbita desses objetos, isso significa que o Planeta 9 não precisa existir para alinhar as órbitas dos objetos e o que estamos vendo é só uma pequena amostra desses objetos.
Mas nem tudo está perdido, pois quando se testa novamente o caso com 3 e o caso com 7 é mais difícil de recriar, o que dá esperança para a existência do Planeta 9.
Os pesquisadores querem agora usar subamostras maiores para poder realizar mais testes estatísticos e tentar chegar em algo conclusivo.
E aí, o Planeta 9, existe ou não, é necessário ou não e se ele não existir?
Fontes:
https://astrobites.org/2020/04/18/an-alternative-to-planet-9-maybe-there-is-nothing-special/
https://arxiv.org/pdf/2003.08901.pdf
#PLANET9 #SOLARSYSTEM #SPACETODAY
Artigo original:
spacetoday.com.br