DARKNESS – A Câmera Mais Poderosa Para Fazer Imagens De Exoplanetas

Dentre todas as técnicas de se descobrir exoplanetas, a mais legal de todas sem dúvida alguma é a técnica do imageamento direto.

Ah, muitas pessoas acham que não existem imagens diretas de exoplanetas, mas existem sim, são poucas mas existem.

Na verdade é muito complicado fazer a imagem direta de um exoplaneta, ele é pequeno, tá longe, e tem o brilho da sua estrela atrapalhando.

Existem no mundo iniciativas que desenvolvem câmeras específicas para essa finalidade, são instrumentos que usam o estado da arte da tecnologia moderna para isso.

Uma delas que está em fase final de desenvolvimento é a DARKNESS, DARKNESS é uma sigla para Dark-speckle Near-Infrared Energy-resolved Superconcting Spectrophotometer.

Essa câmera representa o primeiro espectrógrafo de campo integrado com 10000 pixels, desenhado para superar as limitações dos detectores supercondutores tradicionais.

A DARKNESS utiliza detectores cinéticos de microondas por indutância, que, trabalhando em conjunto com um grande telescópio e um sistema de óptica adaptativa, permite fazer imagens diretas de planetas ao redor de suas estrelas.

A DARKNESS faz 1000 frames por segundo sem ter ruído algum ou uma corrente escura, os principais problemas enfrentados hoje pelos instrumentos.

Ela consegue também determinar o comprimento de onda e o tempo de chegad de cada fóton.

Essa informação no domínio do tempo é importante para distinguir um planeta de uma luz refratada ou espalhada, os chamados speckles.

Os desenvolvedores falaram que a DARKNESS será capaz de observar diretamente um planeta que seja 100 milhões de vezes mais apagado que a sua estrela.

Com esse nível de contraste, será possível ver exoplanetas refletindo luz o que abre uma nova janela na exploração de exoplanetas.

Ela foi desenvolvida para ser usada no telescópio de 200 polegadas Hale no Observatório Palomar na Califórnia, ela age tanto como uma câmera científica como um sensor focal para a frente de onda.

Nesse segundo caso a câmera mede a luz, envia o sinal de volta, para formar uma nova imagem, o processo limpa a distorção atmosférica, suprimi o brilho da estrela e é possível ter um contraste maior entre a estrela e o planeta.

durante o ano de 2017 ela foi usada 4 vezes em Palomar para tratar de problemas e bugs.

Agora em Maio de 2018, os pesquisadores retornarão e quem sabe já teremos imagens de exoplanetas com ela.

Essa versão da DARKNESS é considerada como uma prova de conceito, pois os pesquisadores querem mesmo é desenvolver uma câmera como ela para a nova geração de telescópios, principalmente para o TMT o Thirty Meter Telescope.

Daqui a pouco, quem hoje reclama que não temos imagens de exoplanetas, vai enjoar de tanto ver exoplanetas pipocando para todo lado.

Fonte:

http://www.news.ucsb.edu/2018/018769/hello-darkness

Artigo:

https://arxiv.org/pdf/1803.10420.pdf

https://www.padrim.com.br/spacetoday

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