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Um novo entendimento começa a emergir sobre o planeta Marte.
Talvez o mais profundo de todos.
Um conjunto de 6 artigos, 5 publicados na Nature Geoscience e 1 na Nature Communications, apresentam os resultados científicos da missão InSight da NASA.
A InSight, para quem não lembra é um lander, ou seja, uma plataforma científica que pousa num lugar e ali fica.
O objetivo da missão é entender o interior do Planeta Vermelho.
Para isso ela usa um sismômetro, chamado de SEIS, um termômetro, HP3, e outros instrumentos que por meio de medições geofísicas podem contar como é o interior de Marte.
De todos, só o termômetro que está com problemas para ser instalado no subsolo de Marte e fazer as medidas, mas os pesquisadores e engenheiros continuam trabalhando nisso.
A ideia agora é realmente martelar ele com o braço robótico da InSight, para acompanhar o que acontece com o termômetro, me siga nas redes sociais que sempre posto os avanços ali.
Mas os outros instrumentos estão trabalhando e perfeito estado e mostraram resultados maravilhosos.
O SEIS, por exemplo, está mostrando que Marte treme com mais frequência que se esperava, porém, com menor intensidade.
Mais de 450 sinais sísmicos foram registrados até o momento, sendo que a grande maioria deles são realmente sismos.
O maior sismo registrado pela InSight foi de magnitude 4.0.
Marte não possui placas tectônicas, mas os deslizamentos de terra são frequentes e com isso, os sismos são gerados.
Com isso os pesquisadores podem entender o quão recente foram derramamentos de lava em Marte, e como são as fraturas desses locais, algo importante para podermos contar a história geológica do planeta.
Além dos sismos, a InSight pôde medir o campo magnético de Marte.
Mas que campo magnético?
Há bilhões de anos, Marte tinha um campo magnético, hoje não tem mais, mas tem resquícios.
O magnetômetros da InSight mostrou que os registros são 10 vezes mais fortes do que se pensava anteriormente com medidas feitas por sondas espaciais.
O magnetismo vem de rochas jovens no subsolo, que guardaram o registro magnético do planeta.
Uma coisa que tem intrigado os cientistas é que as medidas variam com o tempo, diariamente, o porque acontece essa variação é um tema de estudo ainda.
A inSight além de tudo é uma estação meteorológica.
Ela tem medido a velocidade do vento, a direção e a pressão atmosférica de forma contínua.
Os sensores já detectaram milhares dos chamados dast devils, os redemoinhos de poeira.
O local de pouso da InSight tem muito desses fenômenos, por ser uma vasta planície.
As câmeras da InSight ainda não registraram visualmente esses redemoinhos, mas o SEIS já os sentiu.
A InSight ainda vai trabalhar muito, principalmente para tentar entender como é o núcleo de Marte.
Através de dois equipamentos de rádio, que enviam e recebem sinais, será possível medir o quanto Marte sofre uma variação no seu eixo.
Se o núcleo for sólido, o planeta terá pouca variação, se for líquido ou com alguma parte líquida essa variação será maior.
A InSight acabou de completar meio ano marciano em Marte, em 28 de novembro de 2019, lembrem-se que o ano marciano é equivalente a dois anos terrestres, então no final de 2020, certamente teremos muito mais informações sobre o planeta Vermelho, quem sabe, conhecendo muito bem todas as suas entranhas.
Fontes:
https://www.nasa.gov/feature/jpl/a-year-of-surprising-science-from-nasas-insight-mars-mission
#Mars #InSight #SpaceToday
Artigo original:
spacetoday.com.br