Cuba, um dos países com menos acesso e maior controle da internet, poderá baixar os conteúdos do Google com mais velocidade, segundo um acordo assinado na segunda-feira pelo gigante americano e o monopólio estatal de comunicações Etecsa.
“Este acordo permitirá aos usuários em Cuba encurtar o tempo de acesso aos conteúdos do Google na internet, proporcionando uma maior velocidade e qualidade no serviço”, afirmou a Etecsa em um comunicado.
A Etecsa poderá utilizar sua “tecnologia para reduzir a latência (atraso) ao entregar localmente alguns de nossos conteúdos mais populares e de maior largura de banda, como os vídeos do YouTube”, destacou o Google.
As partes não especificaram quantos servidores o Google instalará em Cuba para reduzir o tempo que leva hoje para entregar seus conteúdos, através da fibra ótica que une a ilha com a Venezuela.
O acordo foi assinado em Havana pelo presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, e sua homóloga da Etecsa, Mayra Arevich.
Desde 2014, Cuba tem acesso a alguns serviços do gigante americano da internet, mas os tempos de conexão podem ser muito lentos.
A ilha conta atualmente com cerca de 900 salas de navegação de internet e mais de 200 pontos de conexão sem fio, a um custo de dois dólares por hora, um valor ainda inacessível para a maioria dos cubanos, que recebem uma renda mensal média de 29 dólares.
De cada 1.000 cubanos, 348 tiveram acesso à internet em 2015, segundo dados oficiais. Instituições estatais, universidades, centros de pesquisa e outras entidades também recebem o serviço.
O acesso domiciliar está restrito a médicos, jornalistas e advogados.
A partir da assinatura do acordo, “os cubanos que já possuem internet e queiram utilizar nossos serviços verão uma melhora nos termos de qualidade dos mesmos”, acrescentou o Google no texto.
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