CRUZ DE EINSTEIN | SPACE TODAY TV EP.1751

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Uma das conclusões mais interessantes da Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein é que a trajetória da luz se curva na presença de matéria.

Esse efeito pode ser observado no caso da luz emitida por uma galáxia distante, e quando essa luz passa por uma grande concentração de massa, seja outra galáxia, ou um aglomerado de galáxias, a luz é distorcida.

Com isso, a galáxia mais distante até então invisível se torna visível e tem sua forma alterada.

Esse fenômeno é conhecido como lente gravitacional, já que o desvio sofrido pela luz da galáxia distante é comparável ao desvio sofrido pela luz numa lente de vidro.

A lente gravitacional amplia e altera a forma do objeto distante.

Dependendo do grau de alinhamento entre o observador, a grande concentração de massa, e o objeto distante, fenômenos mais interessantes podem acontecer.

Um deles, acontece quando esse alinhamento é perfeito, e é chamado de Cruz de Einstein.

Na Cruz de Einstein, quatro imagens do objeto mais distante são geradas.

Esse fenômeno não é fácil de ser observado e só com a ajuda do Hubble, os astrônomos conseguem detectar a Cruz de Einstein.

Recentemente um grupo de astrônomos conseguiu detectar mais uma.

Outra dificuldade é para saber se as quatro imagens geradas são do mesmo objeto.

Uma maneira de verificar isso, é fazendo o espectro, se o espectro coincidir, pronto, quer dizer que as quatro imagens pertencem ao mesmo objeto que foi observado e você tem então uma Cruz de Einstein.

Essa nova Cruz de Einstein detectada pelos astrônomos é composta por uma galáxia elíptica localizada a aproximadamente 5 bilhões de anos-luz de distância da Terra, e essa galáxia agiu como uma lente para um objeto ainda mais distante, localizado a aproximadamente 11.3 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

De forma surpreendente, esse outro objeto não era um quasar como normalmente acontece na Cruz de Einstein, mas sim uma galáxia.

Através da lente gravitacional, os astrônomos podem, naturalmente expandir o limite observacional de seus instrumentos, de forma natural e estudar o universo mais profundo e mais distante.

Além disso, como são geradas quatro imagens, os astrônomos podem estudar essas imagens separadamente e através das diferenças conseguir informações valiosas sobre a forma do universo.

como uma lente normal, onde sabemos o poder de ampliação, no caso de uma lente gravitacional é possível se ter uma ideia do brilho original da fonte e nesse caso, a galáxia mais distante é 5 vezes mais brilhante do que ela aparece na lente, só não é visível pois está além do limite e alinhada com uma fonte mais brilhante.

É o Einstein estando certo mais uma vez, e mostrando que a mais de 100 anos atrás ele deduziu ferramentas importantes para o nosso entendimento do universo.

#CruzDeEinstein

Fontes:

https://phys.org/news/2019-03-einstein.html

Artigo original:
spacetoday.com.br