Vallis Schröteri é considerado o maior dos canais do nosso satélite, mas na verdade consiste de dois canais. O canal mais largo com um comprimento de 155 km atravessa o Plateau Aristharcus , e o canal mais fino (204 km de comprimento) percorre o interior do canal maior.
A seta 1 mostra o local onde ele se estende para além do canal maior, e a seta 2 indica um pequeno pedaço do mesmo canal dentro da cabeça de cobra. Isso parece ser muito semelhante ao que ocorre em Vallis Alpes!
Estes dois canais de Vallis Schröteri parecem ter se formado durante dois eventos vulcânicos diferentes, ou pode representar uma mudança no volume de uma única erupção com a passagem do tempo. O canal maior foi formado quando os fluxos de lava tinham maior volume. O canal interno formado subsequentemente que passa através do interior do canal maior se formou após uma nova erupção e tinha um fluxo de lava bem menor.
Os geólogos têm perguntas como; por que o canal interno teve fluxo de lava que foi mais longe do que o canal maior? Foi o fluxo de magma mais rápido no caso do canal menor?
Os cientistas não entendem completamente como os canais foram formados na superfície da Lua, mas existem duas teorias principais. A primeira diz que os canais se formaram quando grandes volumes de lavas muito fluidas e com baixa viscosidade foram expulsas rapidamente e começaram a fluir. Lava derretida pode então ter cavado um canal na superfície da Lua, através do poder erosivo do fluxo de magma, que, em seguida, drenado, deixa para trás apenas um leito vazio. Uma teoria alternativa propõe que, inicialmente, o canal de lava transborda dos seus bordos, formando um canal de fluxo confinado, em vez de se espalhar sobre uma grande superfície, tal como um mar. Algumas pessoas chamam o início do canal da cabeça da cobra, porque ele lembra realmente uma cobra. O canal tem uma largura máxima de 10 km. Para fazer uma comparação, a maior garganta na Terra, que foi formada pelo fluxo de água tem uma largura variando de 6,4-29 km.
Texto: Charles Wood – LPOD 6 Agosto de 2013
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Artigo original:
spacetoday.com.br