A bela imagem acima mostra a região polar sul da Lua, aproveitando a vantagem de uma libração favorável em latitude, durante uma observação feita no dia 29 de Abril de 2013. Um exercício clássico que pode ser realizado quando se observa uma região como essa é tentar descobrir o nome das crateras que aparecem na imagem. Vamos começar pela Curtius, a primeira grande cratera que aparece na parte inferior esquerda da imagem, então podemos pular para a Moretus, a cratera localizada bem no centro, com seu brilhante pico central. Um pouco além dela está a Short, e um pouco a direita está a família Newton, com a própria Newton, e as Newton D, G, A e B. Caminhando um pouco mais e já chegando perto do limbo está a Cabeus, e emergindo do limbo, pode-se ver dois picos de montanhas conhecidos como M4 e M5. É muito interessante notar também a cratera Malapert, pois se imaginarmos um triângulo (mostrado na imagem acima como uma linha pontilhada) onde a Malapert e a Cabeus formam a base desse triângulo, o outro vértice do triângulo marca a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado com um X na imagem acima). Essa técnica, é chamada de Crater Hopping, e é bem semelhante à técnica de Star Hopping que podemos usar para encontrar, por exemplo, o Polo Sul Celeste, a partir da constelação do Cruzeiro do Sul. No caso da Lua os observadores podem usar essa técnica para se guiarem de maneira precisa pelo disco do nosso grande satélite natural.
Detalhes Técnicos:
Data: 29 de Abril de 2013
Equipamento: Newtoniano GSO de 12”com câmera Qhy 5L e Powermate Tele Vue 4X
Empilhamento de 61 frames obtidos usando o ASI 2
Avaní Soares
Artigo original:
spacetoday.com.br