Conhecendo a Lua: O Mare Crisium

Mestre Jedi Conhecendo a Lua: O Mare Crisium

Como uma planície lisa e de tonalidade escura, Mare CRISIUM é uma das notáveis ​​formações de origem vulcânica da Lua, sendo o alvo mais visível ao longo da borda leste lunar. Mare CRISIUM situa-se a nordeste do Mare TRANQUILLITATIS.

Mare CRISIUM é uma enorme formação de estrutura oval, lembrando uma cratera gigante, circundada por paredes montanhosas. Na realidade, Mare CRISIUM com suas lavas escuras, é o centro de uma grande bacia com estrutura de anéis, conhecida como bacia CRISIUM, criada pelo impacto de um grande meteoro ou cometa que atingiu o quadrante nordeste da Lua, há aproximadamente 3,9 ou 3,85 bilhões de anos atrás. O centro foi inundado por lava basáltica, que escapou pelas fissuras causadas na crosta lunar pelo massivo impacto.

Mare CRISIUM é o único mar do lado visível da Lua, que tem suas lavas basálticas totalmente “cercadas” ou circundadas por “terras altas”. Ele é isolado de todos os outros mares lunares, podendo ser visível mesmo a olho nu, na forma de uma mancha escura. O profundo e denso volume de lava que inundou a bacia CRISIUM no passado lunar, acabou por criar anomalias no campo gravitacional local (MASCON), que foram detectadas por sondas espaciais que orbitaram essa região. Relatos de rápidas e estranhas aparições (TLP – Transient Lunar Phenomena) também foram registrados em vários locais no interior do Mare CRISIUM.

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A borda externa de Mare CRISIUM apresenta-se cercada por um segmento circular fragmentado, de aspecto rugoso, criado por um conjunto de montanhas conhecidas como maciços. A partir do nosso ponto de vista da Terra, Mare CRISIUM parece ter forma oval ou elíptica, com o eixo maior na direção Norte-Sul, isso porque está localizado próximo ao limbo lunar nordeste. Porém, o formato real dessa elipse, possui o eixo maior na direção Oeste-Leste.

Existem evidências de um anel interior da grande bacia CRISIUM original, que se apresenta na forma de um conjunto de cristas enrugadas de segmento circular, com aproximadamente 375 Km de diâmetro, posicionadas por sobre o piso interno de lava escura do Mare CRISIUM. Para que essas cristas sejam identificadas, é necessário que a luz do Sol esteja em ângulo baixo por sobre o piso.

O próximo anel dessa notável bacia, é justamente a borda que define o mar de lavas, que é fragmentada e composta por maciços altos (de 2 a 5 Km acima da superfície interna) e relativamente planos.

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Outro anel um pouco mais externo está grosseiramente definido por maciços menores, que circundam o Mare CRISIUM um pouco mais longe da borda. O lugar mais fácil de rastrear este anel é ao longo do lado norte de Mare CRISIUM, onde maciços menores fazem fronteira com um arco de material escuro (Mare ANGUIS, o mar da serpente). Este anel é cortado pela grande cratera CLEOMEDES, continua sob PROCLUS, desaparece entre os maciços no setor sudoeste de Mare CRISIUM, passa perto das crateras com piso inundados FIRMICUS e CONDORCET, e é marcada por uma cordilheira no lado leste da bacia. Estes segmentos fragmentados parecem indicar um anel que mede cerca de 635 km de diâmetro.

Outro segmento mais externo do anel está muito bem definido no lado norte de CRISIUM, especialmente entre as crateras GEMINUS e BEROSUS. Embora este limite do anel seja irregular, existe uma clara escarpa aqui, com o terreno interior sendo mais baixo e mais suave.

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Mare CRISIUM sofreu poucos impactos de grande porte subsequentes, sendo que, em sua enorme área de lava predominantemente profunda e escura, só abriga algumas crateras antigas. As maiores são as crateras fantasmas YERKES (diâmetro: 36 Km, LAT: 14° 36′ 00″ N e LON: 51° 42′ 00″ E) e LICK (diâmetro: 31 Km, LAT: 12° 24′ 00″ N e LON: 52° 42′ 00″ E), que excepcionalmente, foram formadas num banco raso de lava, que é marcada por um anel de cristas grosseiramente concêntrico (delimitação do anel interno da bacia), por sobre a lava.

Dentro do perímetro de Mare CRISIUM existem algumas crateras que se destacam. Dentre as quais podemos ciar a PICARD (diâmetro: 23 Km, profundidade: 2,4 Km, LAT: 14° 36′ 00″ N e LON: 54° 42′ 00″ E), PEIRCE (diâmetro: 31 Km, profundidade: 1,8 Km, LAT: 18° 18′ 00″ N e LON: 53° 30′ 00″ E) que tem a presença de uma pequena cratera em seu interior, GREAVES (diâmetro: 14 Km, profundidade: 2,5 Km, LAT: 13° 12′ 00″ N e LON: 52° 42′ 00″ E) e SWIFT (diâmetro: 10 Km, profundidade: 10 Km, LAT: 19° 18′ 00″ N e LON: 53° 24′ 00″ E).

Existem outros tipos de formações no interior de Mare CRISIUM, dentre as quais podemos citar a crista conhecida como Dorsum OPPEL (comprimento: 309 Km, LAT: 18° 42′ 00″ N e LON: 52° 36′ 00″ E), Dorsum TERMIER (comprimento: 90 Km, LAT: 11° 00′ 00″ N e LON: 58° 00′ 00″ E), o conjunto de cristas DorsaHARKER (comprimento: 197 Km, LAT: 14° 30′ 00″ Ne LON: 64° 00′ 00″ E) e o conjunto de cristas DorsaTETYAEV (comprimento: 176 Km, LAT: 19° 54′ 00″ N  e  LON: 64° 12′ 00″ E).

No interior do Mare CRISIUM, do lado sudeste próximo à sua borda, foi o local onde a sonda Soviética Luna 15 chocou-se com a Lua em 21 de julho de 1969, 15:47 UT (LAT: 17º N, LON: 60º E).

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Fonte:

http://50.31.74.31/galerias-de-imagens/3-Fotos-em-Destaque

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Artigo original:
spacetoday.com.br