Cratera ARISTOTELES:
Diâmetro: 87 Km;
Profundidade: 4,3 Km
Coordenadas Selenográficas: LAT: 50° 12′ 00″ N, LON: 17° 24′ 00″ E.
Período Geológico Lunar: Eratosteniano (Eratosthenian): 3,2 bilhões até 1,1 bilhão de anos atrás.
Melhor período de observação: 6 dias após a Lua nova ou 5 dias após a Lua cheia.
Quem foi Aristóteles? Astrônomo e filósofo grego (383 aC – 322 aC). Aristóteles foi aluno de Platão e professor do conquistador Alexandre, o “Grande”. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão) foi fundador da “filosofia ocidental” (pensamento voltado à contemplação especulativa do mundo).
ARISTOTELES é uma bela cratera de impacto de morfologia complexa, relativamente nova, que faz um destacado par com a cratera EUDOXUS.
ARISTOTELES é a maior cratera do Mare FRIGORIS. Ela está localizada no quadrante nordeste da Lua, na margem sul desse mar de lavas escuras com formato longitudinal. Encontra-se a cerca de 150 Km a leste do Vallis ALPES.
O massivo impacto que escavou ARISTOTELES, ejetou grande quantidade de escombros que alteraram a paisagem ao redor da cratera. Na superfície externa no entorno de ARISTOTELES, inclusive por sobre as lavas escuras do Mare FRIGORIS, estão bem visíveis longas estrias radiais e pequenas crateras secundárias causadas por materiais ejetados.
As bordas de ARISTOTELES não fazem um círculo perfeito e possuem um aspecto poligonal. Os restos dos desmoronamentos e deslizamentos das partes internas de suas paredes contribuíram para o desaparecimento dos detalhes originais de seu interior. As paredes internas são largas e estruturadas em terraços, como grandes degraus ou curvas de nível.
O piso interno de ARISTOTELES é irregular, um pouco áspero e ondulado, não existindo um monte central e sim dois minúsculos e baixos picos fora do centro do piso.
Provavelmente, motivado por espesso depósito de material derretido no impacto e não por vulcanismo (lava basáltica fluindo por rachaduras no fundo da cratera), o piso de ARISTOTELES tenha ficado mais raso do que deveria ser.
Uma cratera menor conhecida como MITCHELL (diâmetro: 30 Km, profundidade: 1,04 Km, LAT: 49.7o N LON: 20.2o E) está ligada à parede leste de ARISTOTELES, sendo que um pedaço da borda de MITCHELL foi adentrada por ARISTOTELES. Isso indica que a presença de MITCHELL é anterior a de ARISTOTELES. O resultado desses impactos foi um desenho parecido com uma espécie de anel de pedra preciosa.
Normalmente, de acordo com a lógica da cronologia lunar (e do Sistema Solar), é mais comum encontrar pequenas crateras hospedadas nos pisos das maiores. Porém,um fato interessante sobre a cratera ARISTOTELES, é que seu impacto atingiu parte da cratera MITCHELL, que possui menor diâmetro e já estava lá. Esse caso é incomum. Geralmente, as grandes crateras se formaram mais cedo na história lunar para depois se tornaram menos frequentes com o tempo.
Cratera EUDOXUS:
Diâmetro: 67 Km;
Profundidade: 4,5 Km
Coordenadas Selenográficas: LAT: 44° 18′ 00″ N, LON: 16° 18′ 00″ E.
Período Geológico Lunar: Copernicano (Copernican): 1,1 bilhão de anos atrás até os dias atuais.
Melhor período de observação: 6 dias após a Lua nova ou 5 dias depois da Lua cheia.
Quem foi Eudoxus? Astrônomo e matemático grego (408 aC – 355 aC). Como astrônomo, Eudoxus foi o primeiro a propor um modelo planetário baseado num modelo matemático. Como matemático, usou o “método da exaustão” (método para se encontrar a área de uma figura inscrevendo-se dentro dela uma sequência de polígonos cuja soma das áreas converge para a área da figura desejada) para calcular áreas e volumes.
Ao sul de ARISTOTELES e fora do Mare FRIGORIS encontra-se a cratera de impacto de morfologia complexa conhecida como EUDOXUS. Ela tem diâmetro menor que ARISTOTELES, porém é um pouco mais profunda, apresentando 4,5 Km. As paredes internas de EUDOXUS também apresentam terraços e existe um grupamento de minúsculas colinas na região central de seu piso ondulado.
EUDOXUS está cercada por superfícies de media altitude, que compõem a parte norte dos Montes CAUCASUS. Ao sul de EUDOXUS estão localizadas as ruínas da cratera fantasma ALEXANDER, completamente destruída e inundada por lava.
Foto executada com apenas 1 frame por Vaz Tolentino em 22 de fevereiro de 2011, 02:31:08.
Artigo original:
spacetoday.com.br