Uma das matérias recentes que acompanham o Episódio IX veio de um site não muito conhecido, o Cinema Blend, e assinada pelo editor associado Adam Holmes, detentor de alguns textos interessantes sobre filmes do universo pop e detalhes de sua produção. Ao contextualizar a maneira como a nova trilogia resgatou a atmosfera da saga original, o autor lembra que eram poucos mocinhos que explodiram uma colossal arquitetura de destruição de planetas. Isso para que tempos depois fossem submetidos pelos antagonistas tirânicos num filme de tom sombrio e um final nada positivo.
Há uma reprise um pouco mais cruel nessa nova disputa bipolarizada entre Resistência e Primeira Ordem. Pois o que sobrou dos heróis coube apenas na Millenniun Falcon e já nos deixa preparados que não correrá um ataque completo face a face com os inimigos.
Mas a esperança semeada se representa pela permanência de Poe, Léia (ao menos no filme) e alguns pilotos que sobreviveram. Eles irão profetizar as palavras de Luke do renascimento da Resistência e testemunhos dos que viram seus atos em Crait (os que apenas viram), dos escravos libertos em Canto Bight e dos guerrilheiros. Estes que foram incentivados pelo desejo de liberdade com a reorganização irregular de seus adeptos, mais um ponto de diferenciação entre os terceiros episódios conclusivos de trilogias.
Mesmo com a baixa de soldados após a investida do Império em Hoth, a Rebelião recrutava um número grande de adeptos que acreditavam na chance de inverter o jogo contra a segunda estrela da morte. Talvez porque desde a explosão da primeira, muitos heróis como Almirante Ackbar, Solo, Léia, Lando entre outros ajudavam a inspirar a baixa patente no sonho de liberdade dos povos. Mas isso não é o que o nono episódio parece transparecer. Haverá um número desleal ainda entre as duas forças e impossível de se realizar um ataque na mesma escala como contou a história de três décadas de lutas.
Se uma das críticas que deram ao sétimo episódio foi sua semelhança com o quarto capítulo, o caminho tomado pelo oitavo filme torna mais difícil a criação de teorias e rumores da trama do Episódio IX. O que torna a imprevisibilidade uma grata surpresa das opções que o diretor terá com sua mania de “esconder o jogo”.
Os movimentos de guerrilha sempre ocorreram em filmes onde o poder militar, quando desnivelado, se enfraqueceu com ataques em polos de fraqueza ou onde pequenos mártires influenciavam aos pequenos em resistir. Como foi o caso de Mike Corleone em O Poderoso Chefão – Parte II ao observar os atentados contra o domínio americano em sua visita a Cuba, situação que o ator Oscar Isaac tomou como referência na comparação feita em entrevistas recentes.
Com o pouco de informação que se tem até o momento, sabemos que esta trilogia não terá nem os caminhos da trilogia prequel, que mostra o estabelecimento do Império e a extinção da Ordem Jedi. E pouco provável que a investida final faça o nono episódio parecer uma reprise do sexto. Há quem teme que o filme seja a porta de entrada para a nova trilogia do diretor Rian Johnson. Ainda que este o faça diferente como foram em casos de filmes como a trilogia do “Exterminador do Futuro” para o “Exterminador do Futuro – A Salvação” e caiba aqui uma ponte midiática para novas aventuras.O Episódio IX, ainda sem nome, está programado para dezembro de 2019. Após ele, todas outras produções cinematográficas de Star Wars estarão estacionadas para estudo de boas campanhas de marketing e distribuídas na manutenção de materiais para o fã com as animações “Resistance” e “The Clone Wars”.
Ao menos os detratores da nova trilogia, tem nas animações a chance de continuar a cultivar seu amor pela saga com materiais substancialmente novos.
Artigo original:
sociedadejedi.com.br