Um cometa chamado Atlas está atualmente seguindo em direção ao Sol, e em alguns meses ele pode dar um belo espetáculo nos céus da Terra. Um adendo, só lembrem que, os cometas são imprevisíveis. Voltando, o cometa, foi descoberto em dezembro de 2019 pelo sistema conhecido como Asteroid Terrestrial-impact Last Alert que fica no Havaí e daí o nome ATLAS. O cometa vem ganhando muito mais brilho do que era esperado, ultimamente. Se ele se manter dessa maneira, quando ele estiver bem perto do Sol ele pode ficar até mesmo mais brilhante que o planeta Vênus.
Logo depois de ter sido descoberto, o ATLAS começou a ficar mais brilhante do que se esperava. Ele ficou tão brilhante que agora ele é observado por astrônomos amadores usando binóculos. Espera-se que ele atinja o pico do seu brilho no mês de maio de 2020.
Quem está rastreando o cometa tem notado que ele pulou de magnitude +17 em fevereiro de 2020 para +8 em apenas 1 mês, um aumento de 4000 vezes no seu brilho. Nessa tendência, ele pode ficar visível para as pessoas que moram em regiões longe da poluição luminosa em apenas algumas semanas.
Um cometa ganha brilho à medida que ele se move para perto do Sol, pois ele vai queimando e lançando cada vez mais os elementos voláteis que estavam congelado em seu núcleo. Mas devido à sua natureza, é praticamente impossível prever se ele irá se manter intacto, muitos cometas, como falei ontem do Borisov, sofrem fragmentação e simplesmente desaparecem. Se o ATLAS se manter intacto, ele pode atingir magnitude +1 e chegar até mesmo a uma magnitude de -5. No extremo de seu brilho ele poderia ser visto até mesmo de dia.
A localização do cometa também é bem interessante, diferente da maior parte dos outros cometas, ele será melhor observado do hemisfério norte da Terra. Se o cometa manter a expectativa, ele poderia ser um espetáculo no céu, que não foi visto desde o Cometa Hale-Bopp em 1997. Uma coisa interessante é que o cometa ATLAS está seguindo uma trajetória idêntica ao do Grande Cometa de 1844, uma trajetória que daria ao cometa um período de 6000 anos. Alguns sugerem que um antigo super-cometa possa ter se partido ao longo dessa mesma trajetória, deixando cometas menores que estão sendo então observados por nós, como o Atlas.
Fonte:
https://phys.org/news/2020-03-comet-atlas.html
Artigo original:
spacetoday.com.br