A China revelou que quatro experimentos internacionais voarão em sua histórica missão de retorno de amostra Chang’e 6 para o lado oculto da Lua em 2025.
Chang’e 6 é uma sequência da missão chinesa Chang’e 5 de 2020, que realizou o primeiro retorno de amostra da Lua em mais de 40 anos, trazendo 1.7 kg de material lunar à Terra.
Enquanto a missão anterior visava o lado visível da Lua, que sempre está apontado para a Terra, a Chang’e 6 será lançada por volta de 2025 para atingir a bacia do Polo Sul-Aitken (SPA) do lado oculto lunar. Ela contará com um satélite de retransmissão além da lua para fornecer um meio de comunicação entre a Terra e a espaçonave robótica.
O China National Space Administration (CNSA) divulgou recentemente que quatro instrumentos e naves espaciais adicionais se juntarão à missão, após ter aberto em 2019 um chamado para propostas.
Os experimentos selecionados são o DORN (Detecção de Radônio de Extensão) da agência espacial francesa CNES, que estudará como o o gás nobre radônio escapa do regolito lunar. O Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália – Laboratórios Nacionais Frascati (INFN-LNF) contribuirá com um retrorrefletor a laser, projetado para devolver a luz à sua fonte, permitindo que os cientistas meçam o tempo necessário para a viagem e convertam as informações em uma distância precisa. As missões da NASA Apollo 11, Apollo 14 e Apollo 15 levaram esse tipo de equipamento para a Lua.
Outro experimento será o Negative Ions at the Lunar Surface NILS, um experimento do Instituto Sueco de Física Espacial, com o objetivo de detectar íons negativos emitidos pela superfície lunar após interagir com o vento solar. O experimento é financiado pela Agência Espacial Europeia.
A missão Chang’e 6 também levará para a Lua o ICUBE-Q, um cubesat do Paquistão, com algumas contribuições da Universidade de Xangai Jiaotong.
A Chang’e-6 será lançada da base de Wenchang na China a bordo de um foguete Long March 5. A missão será constituída de um módulo de serviço, um lander, um veículo de ascensão e um módulo de reentrada que irá trazer para a Terra os cerca de 2 kg de amostras lunares coletadas na superfície do nosso satélite.
A Bacia Aitken do Polo Sul da Lua é uma cratera colossal e antiga com cerca de 2550 quilômetros de diâmetro, que equivale aproximadamente a 1 quarto do lado oculto da Lua e acredita-se que mantenha as pistas sobre a história da Lua e do sistema solar.
Além disso, a CNSA também abriu propostas para outra missão chinesa para a Lua, a Chang’e-7, uma missão que terá como objetivo pousar no polo sul da Lua. A missão Chang’e-7 deverá ser lançada em 2026.
Fonte:
https://www.space.com/china-moon-far-side-sample-return-mission-payloads
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