Quando as primeiras estrelas começaram a brilhar no universo? As estrelas binárias são mais comuns no universo do que as estrelas únicas? quantos elementos químicos foram produzidos nas primeiras estrelas e como essas primeiras estrelas afetaram todo processo de formação de estrelas subsequente?
Todas essas são perguntas que estão relacionadas com uma época muito remota do universo, pouco depois do universo nascer, algo entre 200 e 400 milhões de anos depois do big bang.
Hoje o que temos e que chega mais perto desse tipo de resposta é o Hubble, mas lógico ele tem sua limitação.
Porém, em Maio de 2020 (se tudo correr bem), o James Webb será lançado e com isso teremos uma ferramenta ainda mais poderosa para chegarmos ainda mais perto do big bang.
Mas o James Webb sozinho não vai conseguir chegar nesse ponto do universo, para isso será necessário contar com as chamadas lentes gravitacionais.
E não é qualquer lente gravitacional também.
As lentes gravitacionais, ou seja a utilização do próprio universo para podermos ver mais longe, acontece quando temos o alinhamento de um objeto de grande massa, como um aglomerado de galáxia, com um objeto mais distante e com o observador.
Mas esse alinhamento nem sempre é perfeito, mas mesmo assim a lente funciona e consegue aumentar a luz de um objeto distante entre 10 e 20 vezes.
Para alguns estudos isso está ótimo, mas para os estudos que o James Webb fará não.
Por isso, os pesquisadores procuram por aglomerados de galáxias específicos, cujo alinhamento é perfeito com a Terra, de modo que o poder de aumento dessa lente gravitacional é de 10 mil vezes ou mais.
Por isso o Hubble foi e é tão importante, com o Hubble os pesquisadores criaram o projeto Frontier Fields onde se tem aglomerados com esse alinhamento perfeito, e além desses aglomerados existe o aglomerado de galáxias El Gordo que também tem esse efeito.
Com isso, ou seja, utilizando esses aglomerados de galáxias e com o poder do James Webb, os astrônomos acreditam que conseguirão responder às perguntas do início do vídeo estudando as primeiras estrelas do universo.
Mas não para por aí, tudo isso também irá contribuir para o estudo de buracos negros, os astrônomos analisaram a possibilidade de se estudar o disco de acreção ao redor dos buracos negros.
E pelo fato de muitos buracos negros sugarem a matéria de estrelas companheiras, os astrônomos chegaram a conclusão que isso faz com que esse conjunto brilhe por 10 vezes mais tempo do que as primeiras estrelas do universo, permitindo então que o James Webb possa ver mais discos de acreção ao redor de buracos negros do que estrelas no início do universo.
Realmente é impressionante a capacidade que o James Webb terá, por essas e por outras é que temos que torcer para que o projeto continue, que passem pelos problemas agora, que resolvam tudo, que ele seja montado, lançado e comece a gerar os resultados sem grandes problemas e o mais breve possível.
Se tudo der certo, não tenho dúvida que o James Webb pode gerar uma próxima revolução na astronomia.
Vamos aguardar e torcer!!!
Fonte:
http://webbtelescope.org/articles/2018-23
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1801.03584.pdf
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Artigo original:
spacetoday.com.br