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Os buracos negros não são ralos no universo, ou seja, eles não ficam ali sugando tudo, mas se algo passar pelo horizonte de eventos, aí sim não tem volta e esse objeto será engolido pelo buraco negro.
Quando isso acontece com uma estrela, ela é arrebentada pela forte força gravitacional do buraco negro, e esse evento acaba recebendo um nome.
Ele se chama de Evento de Ruptura de Maré, que vem do inglês TDE, Tidal Disruption Event.
Em cerca de 1% desses eventos, ocorrre a formação de jatos de plasma e radiação que são ejetados a partir dos polos de um buraco negro.
John Wheeler, que podemos considerar como um dos cientistas pioneiros no estudo de buracos negros definiu esse conceito de ruptura de maré com jatos, como sendo algo parecido se você pegar um tubo de pasta de dentes, apertar ele no meio com muita força, de modo que saia pasta sendo esguichada pelas pontas.
Entender esses eventos, detectar esses eventos é algo muito complicado, pois não se sabe onde vai acontecer e eles são eventos rápidos.
Na astronomia esses eventos rápidos recebem o nome de transientes.
Existe pelo mundo hoje grandes telescópios, ou melhor dizendo redes de telescópios que buscam esses fenômenos transientes e então emitem um alerta para o mundo todo para que se possa estudar o evento.
Então, em fevereiro de 2022, um desses eventos foi detectado, o evento foi chamado de AT2022cmc e estava ligado a uma explosão de raios-gamma, a fonte de radiação mais poderosa do universo.
Os astrônomos então utilizaram vários instrumentos pelo mundo para estudar esse fenômeno, entre eles o VLT do ESO, e os astrônomos procederam com a análise.
Eles descobriram que esse evento aconteceu muito longe, a luz começou a viajar até nós quando o universo só tinha um terço da sua idade atual.
Foram 21 telescópios espalhados pelo mundo que conseguiram detectar a radiação, desde raios gamma, até ondas de rádio.
Os dados coletados foram comparados com eventos já conhecidos, e o único cenário que explicava os dados era um raro evento de ruptura de maré com um jato de radiação apontado na nossa direção.
Quando esse jato relativístico é apontado na nossa direção, o evento é muito mais brilhante e visível por um tempo maior e também ocupa uma faixa mais ampla do espectro eletromagnético.
Esse evento de ruptura de maré já entra para a história por alguns fatores.
Foi o evento desse tipo mais distante já detectado.
Além disso, foi o evento detectado em vários comprimentos de onda, inclusive na luz visível, algo que nunca tinha acontecido antes.
Assim, os astrônomos poderão estudar com muito detalhe o que acontece no ambiente próximo a um buraco negro, e como é o processo de alimentação do buraco negro, o que acontece com a estrela ao ser arrebentada, entre outras coisas muito interessantes, sobre os objetos mais exóticos do nosso universo.
Fontes:
https://www.eso.org/public/brazil/news/eso2216/
https://www.nature.com/articles/s41586-022-05465-8
https://www.nature.com/articles/s41550-022-01820-x
#BLACKHOLE #TIDALDISRUPTIONEVENT #UNFOLDTHEUNIVERSE
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Artigo original:
spacetoday.com.br