As estrelas assim quando nascem ficam ainda escondidas atrás de uma espessa camada de poeira. Para observar através dessa poeira é preciso usar instrumentos que enxergam no infravermelho. E é isso que está acontecendo nessa imagem, os astrônomos usaram o Telescópio Espacial Spitzer da NASA para observar as estrelas recém-nascidas no chamado Aglomerado da Árvore de Natal. As estrelas que acabaram de nascer aparecem nessa imagem como pontos rosas e avermelhados na direção do centro e parecem ter se formado em intervalos regularmente espaçados ao longo de estruturas lineares numa configuração que lembra os raios de uma roda, ou um padrão de floco de neve. Por isso, os astrônomos também chamam esse aglomerado de Aglomerado do Floco de Neve.
As nuvens onde ocorrem formações de estrelas, como essa, são na verdade, estruturas dinâmicas e que estão sempre em evolução. Como as estrelas traçam o padrão de linha reta de raios de uma roda, os cientistas acreditam que essas são estrelas recém-nascidas, ou protoestrelas, como são chamadas. Com apenas 100 mil anos de vida, essas estruturas ainda na infância da evolução estelar ainda vão se libertar desse local onde nasceram. Com o passar do tempo, o movimento de deriva natural de cada estrela irá quebrar essa ordem, e esse padrão não será mais observado.
Embora a maior parte das estrelas vistas na luz visível que dão nome ao Aglomerado da Árvore de Natal e dão a forma triangular ao aglomerado não brilhem aos olhos infravermelhos do Spitzer, todas as estrelas formando nessa nuvem empoeirada são consideradas como sendo parte do aglomerado.
O Spitzer também consegue iluminar a Nebulosa do Cone, uma nebulosa opticamente escura e densa, a ponta dela pode ser vista na parte inferior esquerda da imagem.
Crédito da imagem:
NASA/JPL-Caltech/P.S. Teixeira (Center for Astrophysics)
Fonte:
https://www.nasa.gov/multimedia/imagegallery/image_feature_476.html
Artigo original:
spacetoday.com.br