A China deu uma atualizada sobre o seu satélite de transmissão de dados da missão Chang’e-4, lançado em Maio de 2018, em preparação para o pouso da outra parte da missão no lado distante da Lua que deve acontecer no final de 2018, e revelou também o estado dos microssatélites Longjiang.
Além disso uma série de imagens feitas pela câmera desenvolvida pela Arábia Saudita a bordo de um dos satélites também foram publicadas.
Primeiro e o mais importante, de forma geral para a missão Chang’e-4 é que o satélite de comunicação e retransmissão de dados, o Queqiao, completou a queima de seus motores, no dia 12 de Junho de 2018, às 03:06 hora de Brasília, colocando o satélite numa órbita chamada de halo ao redor de um ponto específico do espaço.
O Queqia irá agora orbitar o chamado Ponto de Lagrange 2 entre a Terra e a Lua, um dos cinco pontos de libração do sistema Terra-Lua, localizado entre 65 mil e 80 mil quilômetros além da Lua, onde é possível manter uma posição relativamente estável para poder realizar o seu maior objetivo.
Isso irá fornecer comunicações para o lander e para o rover que estarão no lado distante da Lua, e que nunca estarão voltados para a Terra, devido ao travamento gravitacional existente entre a Terra e a Lua, o satélite irá manter uma linha de visada com a Lua e as naves e as estações em Terra, simultaneamente a partir da sua posição além da Lua.
O próximo passo será testar a função de comunicação do satélite no EML-2, o satélite carrega uma antena parabólica com 4.2 metros de diâmetro capaz de transmitir seus dados de uma distância próxima do meio milhão de quilômetros da Terra.
“O principal objetivo do lançamento da Chang’e-4 é conduzir uma exploração científica da Lua. Todos os dados e descobertas sobre o lado distante da Lua precisam ser transferidos para a Terra, pelos satélites de retransmissão de dados. Assim, o satélite tem um papel fundamental”, disse Wu Weiren, o desenhista chefe do projeto de exploração lunar da China.
O Queqia foi lançamdo no dia 20 de Maio de 2018, e realizou uma passagem pela Lua no dia 25 de Maio, antes de fazer a aproximação do EM-L2, 4 dias depois.
Também, junto com ele foram lançados dois microssatélites pesando 47 kg, cada. O Longjiang-1 e o Longjiang-2, também conhecidos como DSLWP-A/B, que foram enviados com a intenção de entrar em uma órbita lunar e realizar experimentos astronômicos na baixa frequência de rádio, experimentos de rádio amador, além de capturar imagens da Lua.
Enquanto que o Longjiang-2 entrou com sucesso numa órbita elíptica ao redor da Lua, no dia 25 de Maio de 2018, usando seu próprio sistema de propulsão, o contato com o Longjiang-1 foi perdido logo depois da inserção na trajetória trans-lunar.
Os dois satélites foram desenvolvidos pelo Instituto de Tecnologia Harbin, localizado na Província de Heilongjiang, na parte nordeste da China. A bordo do Longjiang-2 está um imageador óptico desenvolvido pelo King Abdulaziz City for Science and Technology, ou o KACST da Árabia Saudita, que fez as belas imagens da Lua, mostradas nesse post.
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Artigo original:
spacetoday.com.br