Há pouco mais de um ano Han Solo: Uma História Star Wars chegou
aos cinemas, recebendo algumas críticas positivas de fãs e críticos, mas não
conseguiu traduzir esse sucesso em números de bilheteria. O filme
aparentemente deixou a porta aberta para uma série de filmes ou spinoffs que iniciaria um universo
compartilhado, porém a Lucasfilm não ofereceu atualizações sobre essa
narrativa.
No primeiro aniversário do filme, usuários das redes sociais tentaram
mostrar seu apoio ao filme inundando o Twitter com posts usando a hashtag
“#MakeSolo2Happen”, que chamou a atenção de muitos membros do elenco
e da equipe do filme. Joonas Suotamo, que interpretou Chewbacca no filme,
compartilhou recentemente seu apoio à campanha.
O ator compartilhou o meme acima, acrescentando a
mensagem: “Para os meus fãs de Solo: Uma História Star Wars: Eu ouço você. Eu vejo você. Eu
sinto você”. Solo chegou
aos cinemas apenas seis meses após o lançamento de Star Wars: Os Últimos Jedi,
com a teoria prevalecente por trás de suas decepções financeiras sendo que
não conseguiu ganhar o suficiente para fazer parecer um
evento. Muitos motivos pesaram contra o filme: um público dividido depois
do oitavo filme da saga, uma campanha de marketing vergonhosa e principalmente
por ter dividido o mês com Deadpool 2
e Vingadores – Guerra Infinita. Quem
sabe em dezembro o filme tivesse uma recepção diferente. No Brasil, a situação
ficou ainda pior com o país mergulhado na greve dos caminhoneiros.
O projeto marca a entrada de ação ao vivo com a
menor bilheteria na franquia, ficando abaixo de US$ 400 milhões em todo o
mundo, colocando-o atrás do total mundial de US$ 649 milhões de Star
Wars: Ataque dos Clones. Mas vale lembrar que o objetivo destes
filmes de spinoff era criar uma fatia
de obras despretensiosas, filmes de baixo orçamento que poderiam marcar
presença no cinema e nos intervalos de filmes numerais. A expectativa de fãs
que cobram que a saga faça apenas filmes “arrasa quarteirão”,
contudo, atrapalha o formato. Aqui na Sociedade Jedi muitos acreditavam que se
a Lucasfilm quisesse produzir longas low
budget, ela exploraria o formato de telefilmes que os canais de streaming (Netflix e Amazon Prime) já praticam.
Porém sabemos o quanto a Disney em sua distribuição quer atingir metas. Embora
o filme não tenha conseguido expressão, a indicação de Oscar garante para o filme
um lugar ao sol em atingir objetivos.
O diretor Ron Howard recentemente disse que acha
que foram os fãs que não gostaram de Os Últimos Jedi que foram
culpados pelas lutas de Solo, uma observação importante que muitos aqui na página e outros
criadores de conteúdos participantes da União Star Wars atestaram essa
observação.
“Quaisquer que sejam os milhões que [Solo] fez no mundo todo, esses eram
os principais fãs que era nosso objetivo, mas não atingiram aquele ponto de
espírito, por qualquer motivo”, (Howard compartilhou no Happy Sad Confused podcast). “Timing,
o jovem Han Solo sofreu um efeito bigorna com o filme anterior, que eu
continuei ouvindo os ruídos nos perfis sociais. E alguns trolls claro. Estes
sempre existirão. Alguns com agressividade desnecessária… Foi muito
interessante observar isso no feed do twitter, mas foi especialmente
perceptível antes do lançamento do filme. Muitos dos algoritmos, se era
Metacritic ou Rotten Tomatoes, na intenção de voto dos filmes. Notas
baixíssimas antes do filme estrear e notas boas depois que ele estreou. Isso
diz muito sobre as pessoas.”
Embora muitos foram no calor do momento e agrediram o filme num viés que
parte de suas expectativas, poucos pararam pra saber de onde veio a ideia do
filme ser realizado. Lawrence Kasdan, nosso querido “pseudopai” da saga Star
Wars havia escrito este spinoff ha
muito tempo, inclusive compartilhou com George Lucas um argumento que ele havia
escrito para seu personagem favorito. Como Lucas vendeu a franquia para Disney,
o projeto ficou engavetado e só teve a chance de ganhar vida no anúncio da
Celebration de 2015, onde passou por um tratamento junto ao filho do
roteirista, Jake Kasdan que ajudou a criar todos os tipos de conexões e deixar
o filme alinhado com a ideia do universo expandido. Entretanto, isso ajudou a
pensar numa nova estratégia de lançamentos de filmes, o que fez com que a
Lucasfilm anunciasse que o foco é o episódio IX e que tudo ficará estacionado
por enquanto.
De universo expandido, manteremos nosso calor pela saga com Star Wars Resistance e a última temporada de The Clone Wars (enquanto o projeto dos showrunners de GOT não tem rosto). E que com tudo isso, possamos aprender a reagir melhor com as obras da saga. Acima de tudo somos espectadores e perdemos uma grande chance de ver filmes de Star Wars se transformar em eventos que são ponto de encontro de fãs, algo que era raro antes, e volta a ser escasso.
Artigo original:
sociedadejedi.com.br