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O quão complexos podem ser os planetas espalhados pelo universo?
E o quão complexas podem ser as atmosferas desses exoplanetas?
No começo de 2018, os astrônomos detectaram pela primeira vez, hélio na atmosfera de um exoplaneta.
Você pode pensar que isso é comum, mas o que assustava os astrônomos é que o hélio é o segundo elemento mais comum no universo, e demorou muito tempo para que eles conseguissem detectar na atmosfera de um exoplaneta.
Mas as complexidades não param por aí.
Um grupo de astrônomos resolveu estudar um exoplaneta do tamanho de Netuno, conhecido como HAT-P-11b, localizado a cerca de 124 anos-luz de distância da Terra.
Eles foram estudar a atmosfera do planeta com um espectrógrafo de alta resolução e precisão, ou seja, eles decompuseram a luz da estrela que atravessava a atmosfera do planeta para saber quais os elementos ali presentes.
E quando eles fizeram isso, eles não só detectaram o hélio, como conseguiram detectar que o hélio está escapando da atmosfera do planeta e a alta velocidade, tudo isso praticamente inédito na pesquisa de exoplanetas.
A atmosfera do exoplaneta está sendo inflada como um balão de hélio e depois começa a escapar como num balão também, o hélio está sendo soprado do lado noturno para o lado diurno do exoplaneta a uma velocidade de 10 mil km/h, como o hélio é muito leve ele escapa da atmosfera para o espaço.
Esse trabalho tem dois pontos muito importantes.
O primeiro é ter descoberto esse comportamento complexo da atmosfera de um exoplaneta do tamnho de Netuno, o que é espetacular, principalmente para que nós possamos entender atmosferas de exoplanetas extremos como esse.
Como eu falo, estudar a atmosfera é fundamental para entender os exoplanetas.
O outro ponto é mostrar que com telescópios em Terra, com o instrumento certo é possível fazer o estudo detalhado da atmosfera de um exoplaneta e caracterizar com muita precisão o seu comportamento.
Estamos avançando a passos largos para entender cada vez mais e melhor a inifinidade de mundos existentes no nosso universo.
#Exoplanetas
fonte:
https://www.exeter.ac.uk/news/research/title_695958_en.html
Artigo original:
spacetoday.com.br