A Índia, tá com tudo, além, de estar ocupada planejando a primeira missão espacial tripulada do país, para 2022, e se preparando para o lançamento da nova missão Chandrayaan em 2021, a ISRO, a NASA indiana, está também planejando em mandar a primeira missão do país a estudar o Sol, em 2021. A missão já tem até nome, Aditya-L1, é uma sonda pesando 400 kg, e seria uma das missões espaciais mais audaciosas já realizada pelo país. A missão envolveria observar o Sol de um ponto de vista próximo e obter informações sobre o seu campo magnético e sua atmosfera.
O que faz as missões para o Sol complicadas é a distância entre a Terra e o Sol, que é de 150 milhões de quilômetros aproximadamente. Ir para a Lua é muito mais fácil, já que o nosso satélite está a 400 mil km de distância aproximadamente. Além disso, as altas temperaturas, e a forte radiação emitida pela nossa estrela, fazem com que seja muito complicado chegar muito perto do Sol, além disso, enviar uma sonda para o Sol, significa brigar com a força da nossa estrela, para que a sonda não seja engolida.
Por isso missões, como a Parker Solar Probe são tão impressionantes, já que a sonda irá chegar a apenas 6 milhões de quilômetros de distância do Sol, e também a Solar Orbier, que de forma inédita irá estudar os polos da nossa estrela.
A sonda indiana, a Aditya-L1, não chegará assim tão perto do Sol, ela irá ficar no chamado Ponto de Lagarange L1, entre o Sol e a Terra, a aproximadamente 1.5 milhão de quilômetros de distância do nosso planeta. Mas isso não quer dizer que os instrumentos desenvolvidos não sejam de ponta e complicados de serem criados. A missão será lançada usando o foguetão indiano, Polar Satellite Launch Vehicle, PSLV, na sua configuração XL. Com 7 instrumentos a bordo, o satélite irá ficar sempre voltado para o Sol, enviando de maneira contínua imagens da nossa estrela, que serão usadas para se estudar as tempestades solares. A missão está sendo liderada pela ISRO em colaboração com o Instituto Indiano de Astrofísica, o Centro para Astronomia e Astrofísica de Pune, e o Instituto Indiano de Ciência, Educação e Pesquisa.
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