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Já pensou se você conseguisse de alguma forma medir toda a luz do universo?
Se você tivesse essa capacidade, você seria capaz de contar uma linda história do universo, como as estrelas se formaram, as primeiras estrelas, como a luz viajou através dos cosmos nesses quase 14 bilhões de anos de história.
Se você acha muito fantasioso, vai se surpreender então, pois os astrônomos conseguiram fazer isso.
Os astrônomos usaram o FERMI, um telescópio espacial da NASA que observa o universo nas altas energias, principalmente nos raios gama e com o Fermi eles conseguiram medir a chamada Luz de fundo Extragaláctica, ou da sigla em inglês, a EBL.
A EBL nada mais é que um tipo de névoa que permeia o universo, composta de toda a luz ultravioleta, visível e infravermelha produzida pelas estrelas na história do universo.
Como essa luz continua vagando pelo universo mesmo depois da sua fonte ter desaparecido, medir a EBL permite que os astrônomos estudem a formação estelar e a evolução das estrelas.
A EBL consegue ser mapeada graças a colisão que ocorre entre o raio gama de alta energia e a luz infravermelha, ou entre os raios gama de energia média e a luz visível ou entre os raios gama e a luz ultravioleta.
Assim com o Fermi é possível traçar o espectro da EBL.
As fontes de raios gama usadas foram 739 blazars estudados pelo Fermi.
Com essa informação os astrônomos conseguiram.
Medir a taxa de formação de estrelas que bateu com medidas realizadas com outra metodologia.
Determinar um pico de formação de estrelas que aconteceu a 10 bilhões de anos atrás.
Estabelecer um limite na quantidade de luz estelar esperada para o primeiro bilhão de anos de vida do universo, uma época pouco explorada, fornecendo restrições importantes para estudos futuros.
E medir toda a luz de estrelas produzida em mais de 90% da história do universo.
Um trabalho espetacular que faz com que a gente possa entender cada vez mais e melhor como o universo em que vivemos nasceu e evoluiu até o que é hoje.
#TodaLuzDoUniverso
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/goddard/2018/nasa-s-fermi-traces-the-history-of-starlight-across-cosmos
Artigo original:
spacetoday.com.br