Quando os buracos negros estão ativos, eles são cercados pelo chamado disco de acreção, que se ilumina pelas forças de fricção e gravitacional que aquecem o material à medida que ele gira na direção do buraco negro.
Parte da matéria então cai no buraco e parte dela é expelida em poderosos jatos de plasma na velocidade próxima da velocidade da luz.
Acima e abaixo do disco de acreção forma uma região de gás muito quente. Pesquisas anteriores mostraram que esses discos de acreção e os jatos são controlados por intensos campos magnéticos.
Para tentar comprovar isso um grupo de astrônomos resolveu estudar o buraco negro chamado de V404 Cygni.
Ele localiza-se a cerca de 7800 anos-luz de distância da Terra, é considerado um microquasar binário, ou seja, um buraco negro de massa estelar, com 9 vezes a massa do Sol, com uma estrela companheira, e o buraco negro está se alimentando de material dessa estrela.
Em 2015, o V404 Cygni passou por um processo de alimentação e essa refeição foi estudada em diferentes comprimentos de onda.
Ao fazer estudo, os pesquisadores descobriram que o campo mmagnético era muito mais fraco do que os modelos teóricos previam.
O problema é que os modelos levavam em consideração um campo magnético na base dos jatos e extrapolavam esse valor para todo ele.
Essa nova pesquisa mostrou não que os modelos estão errados, mas sim estão muito simplificados, e o valor do campo magnético não é um só, ele sofre variações.
Esse trabalho é muito importante na direção de se entender cada vez mais e melhor os buracos negros e todas as suas características, todas as suas propriedades.
Além disso esse trabalho mostra uma medida precisa realizada em uma das partes do buraco negro, o seu disco de acreção.
Os próprios pesquisadores falaram que é preciso conhecer muito bem os buracos negros, pois eles, como já vimos em vários vídeos eles são responsáveis praticamente pela evolução do universo como o conhecemos, já que influenciam de forma decisiva como as galáxias evoluem.
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spacetoday.com.br