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Tudo no universo tem um ciclo de vida, como nós mesmos, que nascemos, evoluímos e depois morremos.
As estrelas nós sabemos, que vivem, passam parte da sua vida na sequência principal evoluindo e depois morrem, sendo que a morte vai depender da massa das estrelas, mas e as galáxias, elas também passam por esse ciclo?
Sim, galáxias nascem, da fusão de aglomerados estelares, evoluem, formam estrelas, e chega num determinado ponto que elas não são mais capazes de formar estrelas e os astrônomos então dizem que elas morrem.
Outra coisa importante, é que quando se está no final da vida, tudo começa a dar certas indicações, e se soubermos detectar essas indicações, poderemos acompanhar a morte de determinada coisa, ou se for o caso fazer algo para impedir a morte.
Recentemente um grupo de astrônomos usando o ASKAP, o novo rádio telescópio australiano fez um estudo sobre a Pequena Nuvem de Magalhães, a galáxia anã, satélite da Via Láctea.
E nesse estudo eles puderam observar o que pode ser interpretado como um sinal da morte dessa galáxia.
Eles observaram um fluxo poderoso de gás hidrogênio proveniente da Pequena Nuvem de Magalhães.
Lembrando que o hidrogênio é o principal gás usado na formação das estrelas, se uma galáxia começa a perder o hidrogênio, ela pode em algum momento da sua vida parar de formar estrelas, ou seja, ter a sua morte decretada.
Depois que parar de formar estrelas, muito provavelmente a Pequena Nuvem de Magalhães será engolida pela Via Láctea.
Essa pesquisa é muito importante, pois ela pode resolver um antigo problema da Via Láctea e da sua vizinhança, a origem do gás que cria o chamado Fluxo de Magalhães, que circula toda a Via Láctea.
O ASKAP é tão poderoso que com uma única imagem ele consegue cobrir toda a extensão da Pequena Nuvem de Magalhães e mapear com detalhes sem precedentes na história o gás hidrogênio.
Pode-se dizer que os astrônomos estão assim acompanhando a lenta morte de uma galáxia.
#MeetESO
Fonte:
https://phys.org/news/2018-10-astronomers-witness-death-nearby-galaxy.html
Artigo original:
spacetoday.com.br