O centro da Via Láctea é um lugar muito tumultuado, algumas
vezes ele explode algumas bolhas. Os astrônomos, usando o telescópio MeerKAT na
África do Sul descobriram um par de enorme bolhas de partículas e alta energia
vagando a centenas de anos-luz acima e abaixo do buraco negro supermassivo
central da Via Láctea.
O MeerKAT é sensível a um tipo de ondas de rádio chamado de
radiação sincrotron, que é causada por partículas carregadas como elétrons que
se movem a uma velocidade próxima da velocidade da luz. Assim é possível mapear
o centro da Via Láctea com essa radiação e aprender muitas coisas.
Os astrônomos descobriram duas imensas bolhas se estendendo
para fora de uma área ao redor do buraco negro supermassivo central da galáxia,
perpendicular ao disco galáctico. Esses balões de partículas devem ter sido
acelerados a altíssimas velocidades por um algum evento extraordinariamente
poderoso no meio da Via Láctea.
Que evento foi esse, é a famosa pergunta de 1 milhão de dólares.
Existem duas ideias principais, o buraco negro podeteriam ter ficado ativo de
forma breve, engolindo muito material de uma vez só e gerando uma flare enorme,
ou uma explosão de formação de estrelas poderia ter enviado uma energia extra
pelo centro galáctico.
Enquanto os astrônomos trabalham para descobrir o que causou
as bolhas, elas podem ajudar a resolver um mistério cósmico. Mais de 100
estranhos filamentos de partículas magnetizadas foram descobertos perto do
centro da galáxias a cerca de 35 anos atrás, e nós não sabemos como eles se
formaram ou por que eles têm energia suficiente para emitir ondas de rádio, já
que eles não estão aparentemente associados a objetos muito energéticos.
Os pesquisadores descobriram que quase todos os filamentos
brilhantes estão dentro das bolhas. Devido a esse impressionante alinhamento, é
possível que a mesma explosão poderosa que criou as bolhas também tenha dado
aos filamentos a energia que fez com que eles se iluminassem.
Esses eventos estão moldando a evolução do núcleo da nossa
galáxia. Aprender sobre a nossa própria galáxia faz com que possamos aprender
mais sobre outras galáxias mais ativas que estão muito longe para serem estudadas
em detalhe.
Fonte:
Artigo original:
spacetoday.com.br