Arp 271 – A Última Imagem Feita Pelo Instrumento VIMOS do VLT do ESO

Mestre Jedi Arp 271 – A Última Imagem Feita Pelo Instrumento VIMOS do VLT do ESO

Nesta imagem, obtida pelo instrumento VIMOS montado no Very Large Telescope do ESO, podemos ver duas galáxias em espiral presas numa dança rodopiante. As duas galáxias em interação — NGC 5426 e NGC 5427 — formam em conjunto um intrigante objeto astronômico chamado Arp 271, o qual foi capturado pelo VIMOS antes deste ser desativado a 24 de Março de 2018.

O VIMOS, VIsible Multi-Object Spectrograph, esteve em operação no VLT durante impressionantes 16 anos. Durante este tempo, o instrumento ajudou os cientistas a estudar as fases iniciais rebeldes da vida de galáxias massivas, observar interações de galáxias triplas e explorar questões cósmicas profundas, como por exemplo, como é que as galáxias mais massivas do Universo cresceram tanto. Em vez de se focar apenas num único objeto, o VIMOS podia captar informação detalhada sobre centenas de galáxias de uma só vez. Este instrumento muito sensível coletou espectros de dezenas de milhares de galáxias em todo o Universo, mostrando-nos como se formam, crescem e evoluem.

Nesta imagem, Arp 271 encontra-se enquadrado por um fundo de galáxias distantes e podemos ver filamentos de gás azulado, poeira e estrelas jovens transpondo o fosso entre as duas galáxias — resultado da sua interação gravitacional mútua. Como muitas observações astronômicas, esta imagem mostra-nos também o passado. Graças à enorme distância que separa a Terra de Arp 271, a imagem mostra-nos na realidade como é que estas galáxias eram há cerca de 110 milhões de anos atrás: o tempo que a sua luz levou a chegar até nós. Este tipo de colisão e fusão será o destino eventual da Via Láctea, uma vez que os cientistas pensam que a nossa galáxia sofrerá uma interação semelhante com a sua galáxia vizinha Andrômeda.

Crédito:

ESO/Juan Carlos Muñoz

Fonte:

http://www.eso.org/public/brazil/images/potw1821a/

Mestre Jedi Arp 271 – A Última Imagem Feita Pelo Instrumento VIMOS do VLT do ESO

Artigo original:
spacetoday.com.br