A Amazon acaba de anunciar uma grande novidade para o Brasil. Não, ainda não estamos falando da venda de produtos eletrônicos como acontece em outros países, mas da estreia de seu marketplace em terras tupiniquins. A partir desta quarta-feira (12), a empresa passa a permitir que usuários criem sua própria “loja” dentro do site para vender livros novos e usados a partir da plataforma que todo mundo já conhece.
A ideia é expandir o já vasto acervo da empresa. Com pessoas físicas e jurídicas podendo adicionar obras ao catálogo, as opções de publicações disponíveis aumento consideravelmente, sobretudo quando falamos de publicações mais raras ou daquelas que já saíram de circulação ou que pararam de ser produzidas por suas editoras. A expectativa da companhia é que 100 mil novos livros sejam adicionados à loja a partir dessa nova possibilidade.
Para isso, a Amazon criou uma página especial para que os interessados se cadastrem e façam parte do programa. A partir do “Venda na Amazon”, os usuários podem se inscrever apenas com o número de seu CPF (ou CNPJ, no caso de pessoas jurídicas) e um cartão de crédito. O resto é um passo a passo simples que antecede a abertura de sua própria loja.
Além disso, para evitar problemas, a companhia anunciou que vai adotar um sistema de avaliação periódico para saber se ainda vale a pena manter aquele parceiro ou não. Para isso, a varejista vai levar em consideração as avaliações feitas pelos próprios clientes, principalmente em relação à entrega dos produtos conforme descrito. Isso significa que aqueles espertinhos que tentarem vender algo velho como novo serão logo punidos. No caso de problemas, o vendedor receberá uma advertência e um prazo de 60 dias para melhorar a prestação do serviço.
Por outro lado, a Amazon garante que todos terão total liberdade nos valores dos produtos, ou seja, sem influenciar nos preços propostos.
A essa altura do campeonato você deve estar pensando o que a companhia ganha com esse marketplace, correto? Em contrapartida à visibilidade oferecida pela plataforma, a companhia cobra um pequeno valor dos vendedores, quase como uma taxa de participação.
Atualmente, o serviço será lançado com dois planos disponíveis. O primeiro é destinado àquele vendedor de garagem que espera vender poucas unidades, em uma média de 10 livros mensais. Nesse caso, a Amazon cobra R$ 2 por item vendido, além de ficar com 10% do valor da transação — o que, para muitos, é uma cobrança um tanto quanto abusiva e que pode cortar bastante o lucro dos vendedores.
Para quem já tem uma condição um pouco mais profissional, o plano mais robusto traz uma tarifa de R$ 19 mensais e a taxa de 10% de comissão, mas oferece várias outras vantagens. Isso inclui, por exemplo, ferramentas para gerenciar múltiplos pedidos e definir toda a questão logística do envio. Em ambos os casos, a Amazon está oferecendo 30 dias gratuitos para que os vendedores possam testar a plataforma.
A boa notícia é que, ao adotar o marketplace, o seu produto não se limitará ao Brasil. Como todo o banco de dados da empresa é mundial, usuários de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e outros países em que a Amazon tenha participação poderão comprar dos vendedores brasileiros. Os preços para o exterior podem ser diferenciados.
Via: Gazeta do Povo