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Alguns buracos negros supermassivos no centro de grandes galáxias expelem jatos de gás quente.
Esses jatos são observados nos núcleos ativos de galáxias, e os astrônomos têm um interesse muito grande em entender como todo o processo funciona.
E para entender isso, os astrônomos usam todas as suas armas.
Dessa vez, eles apontaram as antenas do ALMA e o VLT do ESO para um aglomerado de galáxias conhecido como Abell 2597, localizado a cerca de 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra.
A galáxia no centro desse aglomerado ejeta os famosos jatos de material, e com o ALMA e o VLT, os astrônomos conseguiram registrar o processo como um todo.
O ALMA foi capaz de registrar o gás frio que estava caindo em direção do buraco engro, e o MUSE instalado no VLT registrou o gás quente sendo ejetado pelo buraco negro na forma de jatos.
Com isso, os astrônomos conseguiram entender o processo como um todo.
O gás frio cai em direção ao buraco negro, criando uma ignição e fazendo com que ele lance jatos em alta velocidade de plasma incandescente no vazio. Esses jatos não conseguem escapar da atração gravitacional da galáxia, então o plasma esfria, sua velocidade diminui e ele então cai de volta no buraco negro, iniciando o ciclo novamente.
De acordo com os astrônomos esse processo tem um papel fundamental na origem e na evolução das galáxias, já que sabemos que são os buracos negros supermassivos centrais que controlam a vida das galáxias.
E agora com a integração do ALMA e do VLT eles puderam observar todo o processo em um único sistema, o que é inédito e trará grandes ideias sobre a vida dos blocos fundamentais do universo.
#MeetESO
Fonte:
https://www.eso.org/public/news/eso1836/
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1808.00473.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br